MENINA DA PRAIA

“Na terceira, ele caiu…
Na quinta, implorou perdão…
Na sétima, parou de respirar…”
Mas isso não foi o suficiente para lhe aplacar o sentimento de vingança. Arrancou o coração do noivo e o deixou no portão do cemitério.
Morto antes de cumprir sua jornada em terra, a alma recém-desencarnada, perseguiu aquela que foi sua algoz.
Enlouquecida pelo seu ato e pela obsessão espiritual, Menina da Praia se atirou ao mar, morrendo afogada. Seu corpo foi encontrado na areia, pouco mais de um dia após seu desaparecimento. Só depois disso, sua alma seguiu seu caminho.
“Fiquei ao lado do meu corpo, tomando conta… Já tinha matado um, não faria diferença matar outro se tentasse fazer algo…”
Menina da Praia se tornou guardiã pomba-gira, e sua primeira tarefa foi cuidar justamente daquele que havia tirado a vida, que reencarnou para cumprir os dias que lhe foram ceifados.
Hoje, Menina da Praia, continua trabalhando como Pomba-Gira de Umbanda. Suas vestes são vermelhas com detalhes em preto e dourado, usa uma capa com capuz, que lhe protege do sol da praia e da luz quando incorporada. Seu acessório preferido são pulseiras, que sempre estão presentes em seus trabalhos, junto com uma vela vermelha. Trabalha com um sorriso no rosto e a gargalhada sempre pronta a sair.
PONTO CANTADO :
Chorei, chorei
O homem que eu amava, eu matei
Matei com sete facadas Em cima do coração
Sou pomba gira Menina Não aceito traição.
Ter a proteção dessa Pomba Gira é ter a certeza de nunca estar só, pois mesmo sua companhia silenciosa é capaz de nos proteger.
Texto: Tenda Espírita vovó Catarina
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