Essa guerreira foi uma Amazona da Tribo dos Sármatas e viveu no século V a.C. Era filha da princesa de sua tribo, com um soldado de Tróia. Foi treinada desde cedo para as batalhas. Manejava habilmente o arco e a flecha, a lança e a espada. Era uma campeã em provas de lançamentos de dardos e equitação. Seu nome era Sévera.
A religião do seu povo era o paganismo, voltada ao xamanismo, com o culto de todos os símbolos da natureza. Sua raça originou os povos euro-asiáticos e sua crença se tornou a base do druidismo e do xamanismo oriental. Nas guerras, o inimigo era tratado com respeito e lutavam apenas pela sobrevivência de sua aldeia e de seus costumes. Jamais matavam por prazer ou desprezo. A morte para eles era uma passagem a uma nova dimensão e respeitavam isso em todos os momentos.
Aos 21 anos de idade, Sévera foi designada para lutar contra os hunos, em defesa de suas terras. Os hunos eram bárbaros que saqueavam as tribos na tentativa de expandir o seu território. Ela conseguiu, juntamente com as demais guerreiras e auxiliares de guerra, afastar a invasão de suas terras. Anos mais tarde, os hunos novamente levantaram-se contra os Sármatas e, dessa vez, Sévera tombou em combate, aos 28 anos de idade, mas sua nação ainda permaneceu intacta.
Sévera ocupa hoje um dos Sete Portões da Calunga Maior (o Portal da Morte). É uma dedicada guardiã que trabalha na Linha das Almas, para o Senhor Omulu e a Senhora Oyá. Cuida dos espíritos que tombam em combates da vida moderna, como: acidentes, desastres, catástrofes, entre outros. Ao olhar sua imagem não vemos uma pombagira comum, pois ela se veste como os Exus do Cemitério...
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