quarta-feira, 18 de julho de 2018

“Se todos fizerem assim,a nossa história será outra”.

OBS: Essa história foi contada pela Pomba Gira Maria Padilha da 7 Encruzilhadas que trabalha na Egrégora do CECP, visando explicar algumas dinâmicas de trabalho. Os personagens dessa história receberam nomes fictícios.
Carlos se dirige a um Centro de Umbanda aconselhado por um amigo, pois a sua vida está bastante complicada. Sua mãe vive doente, já tendo ido a diversos médicos sem sucesso na cura. O seu pai foi demitido da empresa que trabalhava há mais de 25 anos e vive deprimido e chorando pelos cantos. Ele mesmo desempregado há três anos, vê o seu filho adoecer sem condições de comprar o medicamento. A sua esposa, única ainda empregada, apresenta sérios indícios de fadiga mental e física.
Ao chegar no centro descobre que é dia de consulta com Preto Velho. O seu amigo Cláudio, vai explicando a rotina da casa e como ele deve agir e pedir na hora da consulta.
Chega finalmente a sua vez de se consultar, o seu pensamento está coberto de dúvidas, achando que estava chegando ao fundo do poço ao se dirigir a um terreiro de macumba, falar com uma pessoa que nunca viu antes na vida e abrir o seu coração, suas dúvidas e temores. Num primeiro momento acha graça da posição do médium todo curvado e do jeito de falar, não consegue se aquietar, mas o Preto Velho vai aos pouquinhos ministrando alguns passes e por fim Carlos começa a se abrir.
O Preto Velho a tudo ouve, manifestando de tempos em tempos palavras encorajadoras para o aflito Carlos.
Carlos não entende o por que, mas enquanto ele fala, o Preto Velho vai estalando os dedos em volta dele, olha discretamente para o copo d’água ao lado da vela, joga para cima a fumaça de seu cachimbo, e assim vai firmando e passando as informações para os guardiões que pertencem a egrégora da Casa, que através dos Exus de trabalho partem com a velocidade do pensamento para a casa de Carlos.
Em dado momento, o Preto Velho que está “preso” ao corpo carnal do médium e conseqüentemente com sua visão limitada, utiliza alguns elementos magísticos e ritualísticos para proporcionar alívio ao Carlos.
Diz no final da consulta que irá trabalhar para ele e toda a sua família, dá algumas recomendações sobre como rezar e elevar o pensamento a Deus e se despedem.
Carlos tem alguma sensação de alívio, sente-se mais leve e confiante, mas ao mesmo tempo não acredita que meia dúzia de estalar de dedos vão “resolver” o seu problema… Incrédulo, mas não tão fraco retorna a sua casa sem nem imaginar que a batalha está apenas começando.
O Preto Velho ao ver Carlos se levantar e ir embora sabe que a essa altura toda a egrégora da Casa já está se preparando para a batalha, e, apesar de ainda estar preso ao corpo do médium pelo processo de incorporação, pôde perceber que será grande.
Mas ainda há o que ser feito em terra… Precisa descarregar o seu aparelho e o terreiro. Terminado o saravá ele parte indo se unir com os outros membros da egrégora.
Com o término dos trabalhos, os médiuns começam a ir embora e no Terreiro de Umbanda se faz silêncio. Mas um silêncio apenas aos ouvidos humanos, pois os sons ali emitidos estão numa freqüência diferente dos sons conhecidos nessa Terra.
E os médiuns pensam: “A gira terminou.”
Não meus caros, a “gira” está apenas começando.
A egrégora da Casa está reunida dentro do terreiro aguardando o retorno dos Exus de Trabalhos com as informações reais de cada consulta que foi realizada.
Os Exus vão retornando, um a um.
O Mentor da Casa assiste e faz intervenções quanto às deliberações do Alto, e os Chefes de Linha estabelecem o famoso “quem vai fazer o que”. Tudo isso ocorre em ambiente absolutamente harmônico e organizado.
Exus, Caboclos e Pretos Velhos trocam impressões a respeito dos problemas apresentados e deliberam.
Mas, voltando ao nosso amigo Carlos. (Nesse momento vou dar nomes fictícios também as entidades envolvidas nesse trabalho. Digamos que o Preto Velho que atendeu Carlos chama-se Pai Benedito e o Exu de Trabalho chamado por ele foi Exu Marabô).
Quando Exu Marabô retorna com as informações a respeito do que encontrou na casa de Carlos, o diálogo que se dá é o seguinte:
Marabô: É, Pai Benedito, a situação lá está bem complicada.
Pai Benedito: Eu já suspeitava. O que você viu?
Marabô: A casa do moço Carlos foi totalmente absorvida por uma rede de energia que tem seres bem grotescos mantendo-a firme. Segui buscando a origem dessa rede e me deparei com uma construção logo acima da casa.
Adentrando ao recinto vi uma inteligência poderosa por trás disso, mas sem nenhuma relação direta com nenhum dos envolvidos. Buscando entender a “trama” continuei procurando o porque daquilo e encontrei uma mulher bastante dementada, com um aparelho acoplado em sua nuca e pude “ler” seus pensamentos e “sentir” seus desejos que eram de vingança para com o pai carnal do moço Carlos. Vi também que eles ainda não sabem que o moço Carlos veio aqui no terreiro.
Bem, em resumo: A inteligência envolveu essa pobre infeliz e prometendo-lhe “devolver” o pai do moço Carlos pra ela e suga suas energias que é retro-alimentada pelo sentimento de culpa que o pai do moço Carlos tem. Parece que foi uma aventura dele na juventude, só não me preocupei em saber se desta ou de outra vida, pois achei que os dados que tinha já eram suficientes para podermos trabalhar.
Pai Benedito: Sim, sim… Mais do que suficientes! Não estamos aqui para julgar ninguém. Isso cabe ao Pai.
Bem, nesse caso teremos que destruir essa construção, mas precisamos primeiro recuperar a moça, e já que o pai de Carlos está involuntariamente retro-alimentando a construção, precisaremos de recursos para auxiliar os familiares também.
Assim, Pai Benedito se dirige ao Caboclo Flecha Dourada, responsável pela corrente de desobsessão daquele terreiro e expõe a situação.
Imediatamente o Caboclo determina que a Pomba Gira Figueira irá utilizar os seus elementos magísticos para que a equipe de resgate da Casa recupere a moça e quem mais tenha condições de tratamento e a “equipe de força” destrua a construção e todos os equipamentos dentro dela.
Tarefas distribuídas, eles partem para a construção.
Caboclos, Pretos Velhos e Exus guardam uma certa distância da construção e observam a Pomba Gira Figueira assumir uma configuração praticamente transparente.
Ao chegar perto da construção percebe-se sair de sua boca uma espécie de fumaça enegrecida que começa a tomar conta do ambiente. Logo atrás dela, homens empurram uma espécie de carrinho, que lembram os carrinhos usados em minas de escavação de carvão.
Conforme a Sra. Figueira vai entrando no ambiente tomado por essa fumaça negra, os seres que lá estão caem em profundo sono, sendo resgatados pelos homens e colocados dentro dos carrinhos. A ação dela é rápida. Ninguém percebe a sua presença.
Quando todos são resgatados, a Sra. Figueira começa a manipular a energia dos instrumentos dentro da construção mudando sua forma, plasmando outras energias e transformando os instrumentos em bombas auto-destrutivas.
Finalmente sai da construção e os Exus que compõe a “tropa de choque” ou “equipe de força” passam a detonar a bomba e a destruir a construção e a malha que envolve a construção material na Terra e a prender os seres grotescos que dão sustentação a malha no ponto da construção material.
Caboclos e Pretos Velhos começam a tratar ali mesmo as inteligências retiradas da construção, colocando-os em macas e direcionando aos locais adequados aos tratamentos que irão receber, sob os olhos atentos dos Exus Guardiões, Amparadores e de Trabalho.
Outros partem para a construção material e começam o trabalho individualizado entre os membros da família. Exus fazem o trabalho de limpeza e descarga, resgatando os “perdidos”, para serem encaminhados para os trabalhos de desobsessão da Casa de Umbanda, abrindo espaço e dando condições vibratórias para o trabalho dos Caboclos e Pretos Velhos que é o de inspirar pensamentos de perdão ao pai de Carlos, de esperança no próprio Carlos, saúde e bons eflúvios na esposa e mãe de Carlos. Através de passes magnéticos Caboclos e Pretos Velhos transformam o campo vibratório da casa e cuidam de seus moradores.
Enquanto tudo isso ocorre a casa dorme, e todos são tratados em espírito.
Enquanto isso os médiuns daquele terreiro também dormem em suas casas, mas alguns estão doando ectoplasma, auxiliando nos trabalhos de transmutação energética. Uns participando ativamente e outros observando e aprendendo, através do processo de desdobramento, assistem a boa parte dos trabalhos.
Após o trabalho realizado o Mentor da Casa sorri.

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É claro que todos sabem que de agora em diante é de acordo com o merecimento de cada um, de cada membro dessa família, tudo dependerá do quanto cada um irá lutar para melhorar, mas agora sem as “amarras” ou interferência do Astral Inferior.
A Umbanda através de uma ação conjunta dos componentes da egrégora de uma Casa de Umbanda pôde proporcionar alívio, conforto e libertação aos membros da família e auxílio aos irmãos perdidos nas trevas da ignorância, do ódio, do rancor, do remorso e da culpa.
Mesmo que Carlos nunca mais volte ao terreiro para agradecer a melhora, ou que nunca desperte para a ajuda que recebeu,mesmo que o pai de Carlos nunca se perdoe, a Umbanda se fez presente em Caridade e Amor!
Agora diga com sinceridade, após ler tudo isso você ainda acha que Exu é o Diabo?
Você acha que importa ficarmos discutindo se Exu, a Umbanda e seus Orixás vieram da Atlântida, da África ou do quintal da sua casa?
Se ainda lhe resta alguma dúvida eu afirmo a minha certeza: a Umbanda nasceu do Coração de Zambi em Sua Infinita Misericórdia por nós! Porque só a Umbanda tem quem nos defenda e proteja independentemente da nossa ignorância nos impedir de reconhecê-los como bons e amigos!
Obrigada Exu pela proteção, defesa e principalmente por ter tanta paciência com a nossa ignorância!
Salve os nossos amigos, defensores e compadres! Saravá Exu e Pomba Gira!
Laroyê Exu!!!

Pomba Gira do Fogo

Elíada da Assunção nasceu e se criou em sua última encarnação na cidade de ourinhos em São Paulo, filha de uma senhora extremamente dada ao trabalho, que havia sido engravidada pelo seu patrão.
Eliada da Assunção cresceu, estudou e logo aprendeu a costurar e trabalhar numa malharia da cidade.
sua saude fragilizada,sempre precisava abandonar o trabalho para se tratar,e as vezes buscar ajuda fora de sua cidade, mas sua condição financeira não era boa e faltavam-lhe recursos para continuar seu tratamento. Muitas dores de cabeça,e até convulsão lhe acometiam a saude.
Orientada por amigos e familiares, aos 22 anos decidiu buscar ajuda em uma cidade próxima a Campo Grande, em Mato Grosso.
Ali, naquela região, conheceu Seo Andrade, um homem filho de indigena com português, caboclo sábio e curandeiro. O mesmo lhe receitou alguns remédios e beberagens e disse que ela só saberia as causas do problema se mergulhasse em sua natureza em sua interioridade, pois,somos todos feitos de energia e não há um mal que acometa o corpo físico que não tenha sido iniciado dentro de nós mesmos.
O velho homem falava com autoridade e firmeza. Foi quando, o mesmo,explicou que se Elíada bebesse da Ayauasca, adentraria em seu âmago e em desdobramento astral, seria conduzida aos primordios de sua ancestralidade espiritual. Ela, em ritual especifico, bebeu do chá sagrado e em desdobramento astral, foi levada pelo cacique Cobra Verde,até uma aldeia chamada ” Lírios dos Corumojás” ( Lirio dos astros que nutrem).
Lá na aldeia,soube ser em encarnações anteriores,uma iniciada na magia do fogo e dominava a cada encarnação, na tribo dos carijós, uma chama sagrada. Reencarnou 7 vezes nas tribos carijos,para receber na carne,a unção das 7 chamas sagradas:
A) Chama Azul do Arcanjo Miguel.
B) chama Amarelo-dourada do Arcanjo Jofiel.
C) Chama cor-de-rosa do Arcanjo Chamuel.
D) Chama Branco-Cristal do Arcanjo Gabriel.
E) Chama Verde do Arcanjo Rafael.
F)Chama Ouro-Rubi do Arnajo Uriel.
G) Chama Violeta do Arcanjo Ezequiel ( conhecido como Fogo de saint-Germain).
O Cacique lhe explicou que deveria ser curandeira naquela encarnação e que seria ungida na carne mais uma vez pela última vez na matéria, pois receberia a ascensão espiritual, com a unção Dos Elohins Hélios e Vesta, deuses que habitam o sol. São os reis das salamandras.
Depois voltou do transe, trazida pela entidade que a buscou. contou sua experiência extra-corpórea ao Seo Andrade, que lhe ensinou o domínio da magia e como harmonizar-se com os elementais dos outros reinos, pois são sete os reinos elementais: terra,agua,fogo,ar,minerais,cristais e vegetais.
Elíada,praticou curandeirismo em sua cidade, sua saúde melhorou a ponto de em alguns anos de atividade mediúnica ser inteiramente curada. Trabalhou em sua casa atendendo as pessoas jogando cartas e fazendo orações e atendimentos fraternos. Sempre usando a magia do fogo. Aos 72 anos de idade, recebeu informações da espiritualidade, que deveria deixar a matéria para sempre. Como não teve filhos, viveu na castidade sempre. pouco a pouco foi preparando os seus amigos e parentes e certa manhã de pascoa, foi encontrada sem vida em seu quarto simples.
Na espiriualidade foi revestida de beleza e formosura,pois para o perispirito de alguem evoluido,não há velhice, nem doença.
Com o passar do tempo,decidiu ajudar as pessoas, a limpar suas cargas densas,com magia forte, manipulavel por uma pomba-gira,e no reino dos Corumojas, uma grande aldeia na espiritualidade,aceitou ser ungida como Pomba-Gira, trabalhando na frequência de Oxóssi e Iansã.
laroie a Pomba Gira do Fogo.

Pomba Gira Dançarina

Pomba Gira Dançarina
Marie Consuelo nasceu na França na cidade de Bordéus ,filha de uma mãe solteira espanhola e irmã gêmea de Marie padille.Teve uma vida sofrível vendo desde cedo as dores e crueldade do mundo.Aos 12 anos se tornou uma prostituta num cabaré para tentar sair daquela vida miserável que vivia e jamais aceitara. Ao descobrir seu novo método de ganhar a vida a mãe a repudiou dizendo ter vergonha da própria filha. Marie então se dedicou a sua nova vida de cabeça vendo na dona do cabaré Vivian a imagem de uma mãe.mesmo assim sempre passava pela casa de sua mãe verdadeira para dar esmolas toda disfarçada ,ricamente bem vestida e com um lenço na cabeça como se fosse uma verdadeira cigana. Tudo ia bem até o dia que Vivian vendo a vontade daquela menina de se dar bem na vida a vendeu para um rei de um país distante. Marie odiou a idéia e tentou inutilmente convencer Vivian a cancelar o acordo,mas já era tarde demais e Marie foi levada a força para seu novo lar com seu novo marido mais velho ,grosseiro,maldoso e que achava que poderia comprar tudo com seu dinheiro. Desoladda Marie sempre buscava conselhos e passava a maior parte com a feiticeira da corte(uma bruxa vinda de uma ilha distante da Gallia) com quem aprendeu os dons da videncia, da sedução e de outras artes mágicas inclusive a magia das ervas que foi usando aos poucos para envenenar seu odiado marido que fazia de tudo para agrada-lá em vão. Num dia Marie pegou uma traição de seu marido que não conseguia possui lá com a sua irmã e como vingança armou com inimigos do reino uma emboscada para seu infiel marido. Eles o dominaram mas ela teve o prazer de arrancar os seus braços e pernas com golpes certeiros de espada e depois riu da cara dele enquanto ele agonizava até morrer. Com o dinheiro que erdou Marie voltou para sua terra para ajudar sua mãe mas já era tarde e sua mãe já havia falecido. Então gastou o dinheiro ajudando as famílias pobres e com o que sobrou reabriu as portas do cabaré de dona Vivian se tornando uma rainha sim ,mas de cabaré. Levou uma vida cheia de altos e baixos sem nunca desanimar ou perder a majestade e beleza mas cometeu um grande erro: se apaixonar. E com a morte de seu grande amor saiu a vagar pelas estradas desiludida pela vida com seu antigo disfarce de cigana . Usando seus dons aprendidos para ler a mão das pessoas em troca de um prato de comida e ajudar as pessoas com seus encantos amorosos até morrer. Hoje dona Cigana como ficou conhecida trabalha para evoluir de seus crimes ajudando as mulheres e principalmente os que ela sabe que mais precisam de ajuda. Laroie dona Cigana!

Pomba Gira Guardiã Sete Ventos

Saravá Guardiã Sete Ventos!

A Pombogira 7 ventos, faz parte de uma hierarquia dos ventos ligado ao mistério do ar, assentado a esquerda do trono da lei na 5ª vibração divina. Sobre a guarda da Divina Mãe Iansã.
Nesse mistério encontramos seres naturais do ar e espíritos humanos que foram absorvidos pelo mistério do ar e agora irradiam de si esse mistério.
Dominam todos os tipos de gases puros, misto e composto, dominam também os fatores climáticos como: Tempestade, Raio, Ventos, Chuvas, Tormentas, Furacões, para termos uma ideia podemos pegar uma tabela periódicas e encontrar os nomes dos gases que ela movimenta. Na hierarquia do ar encontramos as seguintes Pombogiras:
. Pombogira dos 7 Ventos;
. Pombogira 7 Ventanias;
. Pombogira 7 Tempestades;
. Pombogira 7 Trovões;
. Pombogira 7 Ventos Furacões ;
Etc.
Trabalham no campo da lei e na Justiça divina, esgota todos os negativismo nos 7 sentidos e direciona os seres a um novo rumo para que o mesmo possa reparar seus erros e conseguir alcançar as esfera de origem, retomando a sua evolução natural. É muito movimentadora e ajudam pessoas também despertando coragem para que possam enfrentar problemas difíceis.
Na umbanda manifesta em suas médiuns dando gargalhadas, muito alegres, e movimenta o tempo todos durante a sua descida, giram para direitas e para esquerda em giros purificadores de prosperidade, trabalham com assopro e movimentos com as mão esquerda anti-horários e movimento com a mão direta horário.
São especialistas para cortar demandas feitas na força de elementais do ar, purificação de ambiente e para recolher assentamentos negativos nos pontos de forças da natureza. Pessoas doentes em quadro clínicos trabalhando várias deformações da saúde.
Ponto de força da natureza para oferendar:
Nos bambuzais principalmente de cor amarela, caminhos, encruzilhadas, campos Santos, descampados e no pé da pedreira;
Elementos que compõe sua oferenda:
Flores: Rosas amarelas, vermelha, brancas e flores diversas.
Velas: Vermelha, Amarela, preta e branca
Um recipiente transparente vazio
Frutas: Abacaxi, manga;

Mensagem da Pomba Gira de Lei Sete Saias- Chefe de Falange

Ao povo da Umbanda, que vocês como médiuns tenham acima de tudo, consciência da responsabilidade espiritual, material, psicológica e mental sobre todos aqueles que vêm as nossas casas, templos, terreiros e tendas ; em busca de ajuda para sua vida e de seus familiares. Que vocês possam compreender a Luz de suas missões, a Grandiosidade e Bondade Infinita de nossos Orixás, que nos dão oportunidade de compreender, evoluir e tornar-nos seres humanos melhores e guardiões desse Planeta.
        Que vocês sejam sempre caridosos de coração, fiéis a sua religião, firmes em seu propósito de ajudar ao próximo, humildes para estudarem e aprenderem conhecimentos. Observadores para que em nenhum momento, possam ser utilizados para fazerem o mal. Vigiem seus corações , não permitam que entidades inferiores encontrem brechas e usem seus corpos e mediunidade para espalharem inveja, mesquinharia , desunião, a falsa moral e o egoísmo.
        Entendam que o Universo é regido por leis  e que  o hoje que vivemos é o reflexo de seus pensamentos e atitudes passadas. Que o caminho mais fácil, em que vocês atropelam seus irmãos será um caminho mais difícil no futuro. Que a lei do Karma, da Ação e Reação, ou o famoso ditado :  “você colhe o que você planta “é a lei mais perfeita de Deus, nosso Amado Olorun, que por sua Justa , Perfeita e Misericordiosa Lei que regula toda nossa vida, será nosso destino.Irmãos, que a cada semente do entendimento cresça dentro de vocês, para que possam cuidar, regar , fazer crescer  sua evolução.
     Agradeço a todos aqueles que crêem na nossa Umbanda, nos nossos Orixás, em nosso Zambi. Que ELE possa aumentar sua evolução e desenvolvimento espiritual a todo o momento.
     Salve nossa Umbanda ! 
          Oração a Pomba Gira de Lei Sete Saias
         
          Senhor Jesus, Mestre Amado e Amigo de todas as horas. Oxalá nos abençoe e nos fortaleça na Tua presença a cada dia. Estamos agora diante de Ti, com o coração sincero pedindo ajuda e lembramos nessa hora da Pomba Gira Sete Saias. Permita que esse espírito bondoso venha em nosso auxílio.
Sete Saias nos  socorra agora com toda a sua equipe. Que este problema… seja resolvido de acordo com o nosso merecimento, com a vontade de Deus- Olorun e de nossos Orixás, porque sabemos que eles só nos dão o que for o melhor para nós.
      Que sintamos uma intuição de sua parte sobre essa aflição que estamos vivendo. Aumente a minha fé Sete Saias e nos conceda ainda hoje a solução tão esperada, para que eu lhe agradeça com toda a alegria de minha alma e propague a sua devoção.
Muito Obrigada Sete Saias, por mais uma vez ter nos socorrido. Oxalá seja sempre seu guia, para que continue auxiliando as pessoas que tanto precisam de sua intercessão.
     Após a oração acender uma vela vermelha e coloque ao lado um copo com água.

Pomba Gira Maria Navalha dos Sete Cruzeiros da Calunga

França, final do século XIX. Juliette estava desesperada. Aos 17 anos, filha de nobres franceses, estava prometida em casmento ao jovem Duque Dareaux. Mas havia se apaixonado por um dos cavalariços da propriedade de seu pai, entregara-se a essa paixão, e agora esperava um filho, fruto dese amor proibido. Somente confiara o segredo a sua velha ama Marie, quase uma segunda mãe, que a vira nascer e a criara. Sua mãe verdadeira já havia falecido. Marie a aconselhou a fugir com Jean, seu amado.
O rapaz a amava mais que tudo nesse mundo, e concordou que a única saída era fugirem juntos, para viverem uma vida humilde em algum outro país. Então, certa noite fugiram os três, levando apenas alguns poucos pertences e os cavalos. Perto da meia noite, Juliette e Maria esgueiraram-se até os fundos do pomar, onde o rapaz as aguardava. Montaram rapidamente e partiram.
Porém Sophie, a filha do caseiro, que era apaixonada por Jean e morria de ciúmes de Juliette, soube de tudo e avisou o nobre Antoine, pai da moça. Imediatamente ele partiu com seus homens em perseguição dos fugitivos. Em pouco tempo os alcançaram na estrad. Antoine gritou para que parasem. Asustado, Jean  apresou o galope e um tiro fatal o acertou bem no meio das costas, varando-lhe o coração. Juliette correu para o amado, gritando de desespero, quando ouviu um segundo tiro. Olhou para trás, sua querida ama Marie jazia morta no chão.
Cega de dor e desespero, a moça pegou a arma de Jean e apontou-a para seu próprio pai. Minha filha, solte, esa alma! Ele gritou, mas Juliette apertou o gatilho e acertou seu pai, matando-o na hora. Chorando e em total descontrole, a jovem saiu corendo na escuridão daquela noite tenebrosa. A poucos metros havia uma ponte sobre um rio profundo, e Juliette jogou-se na água gelada, acabando com sua própria vida e a do filho que esperava.
No Astral, um triste destino aguardava seu espírito atormentado.. depois de vaguear por muitos lugares negros e portais de sofrimento, e conhecer as mazelas de incontáveis almas sofredoras como ela, Juliette foi recolhida por Espíritos Socoristas e se transformou na Pomba Gira Maria Navalha dos Sete Cruzeiros da Calunga, que socore aos que a invocam com palavras de fé, e um soriso constante de quem muito sofreu, e compreende o sofrimento alheio.

Pomba Gira Cigana Rúbia Rosa Vermelha

Rúbia era uma belíssima e jovem cigana. Certa tarde, ela caminhavas pela rua quando começou a ouvir passos atrás de si. Era Felinto, um bêbado que há muito tempo a perseguia. Linda, adolescente, cabelos cor de fogo, ela atraíra a cobiça e a luxúria do homem.
Rúbia entrou por uma viela, assustada, tentando despistar seu perseguidor. No entanto, foi pior e ele estava a poucos passos dela. Rúbia olhava para os lados, a procura de alguém a quem pudesse pedir ajuda, mas a cidade estava deserta, a tarde caía.
Todos conhedciam as bebedeiras daquele homem, mas nunca se soubera que ele fizesse mal a alguém. Mas Rúbia pressentia suas más intenções e estava apavorada. Ela nunca saía sózinha, apenas acompanhada de algum de seus irmãos, mas achava que, já sendo uma moça, tinha direito a um pouco mais de liberdade. Naquela tarde, fora dar um passeio às margens de um arroio próximo, e voltava para seu acampamento muito feliz.
Ela ainda tentou correr, mas foi inútil; sentiu uma das mãos de Felinto tapar sua boca, enquanto ele a derrubava no chão, tirando sua virgindade numa dor profunda. Completado o ato, ele se ergueu com um sorriso cínico nos lábios.
Rúbia olhou ao seu lado e viu uma pedra ponteaguda. Com muito ódio pelo que havia acontecido, agarrou a pedra e, percebendo Felinto distraído abotoando as c alças, deu-lhe uma pedrada com toda a força. Mas ele era muito forte , se virou e a agarrou pelo pescoço, e assim, Rúbia foi perdendo os sentidos e deu seu último suspiro, ao mesmo tempo em que Felinto caía, morto também, sobre seu corpo. Foi assim que os dois foram encontrados.
O espírito de Rúbia vagou por muito tempo por vales sombrios, até que ela foi socorrida e transformou-se na Pomba Gira Cigana Rúbia Rosa Vermelha, entidade discreta e bela, que encanta a todos que a conhecem…

POMBAGIRA MIRIM NA UMBANDA

Assim como os Exus Mirins, as Pombagiras Mirins que se manifestam na Umbanda são Seres Encantados de uma Dimensão da Vida localizada à Esquerda da Dimensão Humana. Elas não são espíritos humanos.
Na Umbanda, as Pombagiras Mirins formam uma Linha de Trabalhos Espirituais da Esquerda, ao lado dos Exus, das Pombagiras e dos Exus Mirins. Na atualidade, sua manifestação nos Terreiros não é frequente, pela falta de estudos a respeito. São “diferentes”, são Encantados da Esquerda da Criação, e isso gera dúvidas e “fantasias”.
Aqui, a proposta é uma reflexão sobre a natureza dos Seres Encantados, para melhor compreensão do trabalho dessas Entidades na Umbanda.
Os seres da Dimensão Encantada estão num Plano da Vida anterior àquele onde se localiza a Dimensão Humana. E é neste sentido que dizemos: em relação a nós, as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins são “infantis”.
Explicando melhor: na Dimensão Humana da Vida, nós adquirimos consciência e livre-arbítrio. Essas capacidades não são alcançadas no Plano Encantado, porque nele a prioridade é o desenvolvimento da sensibilidade, da sensitividade, da percepção, a depuração do mental.
Além disso, a Dimensão Humana está localizada no Plano Natural da Vida à Direita da Criação. Já a Dimensão das Pombagiras Mirins e dos Exus Mirins pertence ao Plano Encantado à Esquerda da Criação. São Realidades Divinas bem diferentes.
Os Planos da Vida são estes: 1- Factoral; 2- Elemental; 3- Essencial; 4- Dual; 5- Encantado; 6- Natural; 7- Celestial. Eles representam os vários estágios da evolução dos seres, a partir do instante em que são criados por Deus.
Resumidamente, temos:
●No 1º e 2º Planos da Vida, o ser é totalmente inconsciente (centelha Divina);
●No terceiro, ele começa a tomar forma, tem o instinto de sobrevivência e os seus chakras começam a desenvolver-se;
●No quarto Plano, passa a absorver dois tipos de Energias Elementais e desenvolve o emocional (a dualidade leva ao equilíbrio razão/emoção);
●No quinto, é um ser Encantado semiconsciente (tem uma percepção muito apurada; tem consciência da própria individualidade, mas não uma consciência mais ampla como a dos seres humanos e nem o livre-arbítrio);
●No sexto Plano, torna-se um ser Natural consciente e ali permanece para aprender a usar o livre-arbítrio. Neste Plano está localizada a Dimensão Humana;
● Depois de aprender integralmente a usar o livre-arbítrio, os seres passam para o sétimo Plano da Vida, onde se tornam Seres Mentais Celestiais, não têm mais forma, são Seres de Luz. (Cf. “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada”, Rubens Saraceni, Madras Editora, 2003, Capítulo 9- Gênese do Ser- Sete Planos da Vida, páginas 99/107.)
Algumas características do Plano Encantado e do Plano Natural:
●O Plano Encantado (5º Plano da Vida) tem várias Dimensões, nas quais os seres apuram sua sensibilidade, sensitividade e percepção. Depuram o mental, porque já têm o emocional desenvolvido e equilibrado.
●Já o Plano Natural (6º Plano da Vida) tem 77 Dimensões e uma delas é a Dimensão Humana, aquela em que vivemos. Neste Plano os seres adquirem consciência e livre-arbítrio, o que representa um estágio a mais de evolução.
Por este motivo é dizemos que os Seres Encantados são “infantis” em relação a nós, pois eles não apresentam o mesmo grau de “amadurecimento” que nós, humanos. (Isso não nos torna “superiores”, pois em relação a tudo o que ainda temos a aprender, também somos “infantis” perante o Criador e a Criação…)
●Há um Plano Encantado à Direita da Dimensão Humana, com 49 Dimensões (7 Cristalinas, 7 Minerais, 7 Vegetais, 7 do Fogo, 7 do Ar, 7 do Elemento Terra e 7 Aquáticas). Os seres chegam a este Plano Encantado já trazendo em si duas Energias Básicas absorvidas no 4º Plano.
Cada ser é único e tem um magnetismo próprio, desde o início. Esse magnetismo individual vai atrair o ser para uma das 49 Dimensões mencionadas, onde receberá outro tipo de Energia e evoluir mais um pouco, pois irá desenvolver o Sentido da Vida correspondente (na Dimensão Cristalina= Sentido da Fé; na Dimensão Mineral=Sentido do Amor etc.). Ali ficará até absorver completamente tal Energia, tornando-se um manifestador das Qualidades Divinas inerentes àquele Sentido, isto é, onde for, levará tal Energia de forma muito potencializada, pura. As Crianças (Erês) da Umbanda vêm deste Plano Encantado.
●Mas existe também um Plano Encantado à Esquerda da Dimensão Humana. É nele que as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins têm origem.
Como Seres Encantados da Esquerda, as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins atuantes na Umbanda são “infantis” em relação a nós, ou seja, estão num estágio de evolução anterior e diferente do nosso: são do 5º Plano à Esquerda; e a Dimensão Humana fica no 6º Plano à Direita.
Muitos pensam que são “crianças” (como as crianças humanas). Porém, tratando-se de seres de outra Dimensão, não há termo de comparação entre essas Entidades da Esquerda e as crianças da Dimensão Humana.
Aos médiuns clarividentes, as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins se apresentam como seres muito pequenos e de aparência um tanto diferente da humana.
Segundo a obra psicografada por RUBENS SARACENI, eles são pigmeus. Esta é a sua característica na Dimensão de origem. Mesmo adultos, seus corpos se mantêm “pequenos”. Daí a designação de “mirins“. (Vide os livros “Arquétipos da Umbanda” e “Orixá Exu Mirim”, Rubens Saraceni, Editora Madras.)
E como tudo é “pequeno” na Dimensão da qual as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins procedem, há oferendas a essas Entidades que incluem objetos como bonecas, carrinhos, bolinhas de metal, brinquedos de metal; além de flores pequenas, como mini-cravo ou cravina para os Exus Mirins e mini-rosa para as Pombagiras Mirins. Também se utilizam alguns tipos de doces, bem como mel e ervas para adoçar as bebidas manipuladas pelos Mirins. Isso dá margem a dúvidas: se a oferenda inclui “brinquedos” e “doces”, essas Entidades são “crianças”? A resposta é NÃO!
Os “brinquedos” equivalem a objetos “em miniatura”. São usados para uma relação ao tamanho “mirim” dessas Entidades, ou em razão do material de que são feitos (metais), e não porque os Mirins sejam “crianças”. Inclusive, o uso de bolinhas ou esferas de metal está relacionado a um tipo de Magia que as Entidades Mirins conhecem e praticam com muita eficiência (embora não se disponham a dar “explicações” às perguntas “curiosas” que façamos a respeito…).
E o fundamento da inclusão de doces, de mel e de ervas adoçantes é que tais elementos têm função agregadora, harmonizadora e potencializadora das atuações magísticas dos Mirins.
NÃO são crianças. São Encantados da Esquerda da Criação, com um grau destacado de evolução no seu mundo de origem. E ainda passam por uma preparação antes de se manifestarem na Umbanda.
Na respectiva Dimensão, as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins têm uma percepção apuradíssima e conhecimentos magísticos ali adquiridos que os habilitam a atuar em áreas determinadas junto aos humanos. Essa Magia é Divina e específica daquela Dimensão, os espíritos humanos não têm acesso a ela, é uma especialidade dos Mirins.
Essa percepção apurada faz com que os Mirins sejam capazes de captar intenções maldosas, cortando-as na origem, além de desembaraçar situações complicadas. Porque, muitas vezes, a causa da “complicação” é uma projeção mental negativa (uma intenção negativa fortemente projetada contra a pessoa ou o ambiente), ou então um bloqueio íntimo, um padrão negativo que a pessoa vem trazendo de outras encarnações e que está “oculto” dentro dela. Tudo isso é captado pela sensibilidade aguçada dessas Entidades, que vêm até nós para nos auxiliar com suas habilidades magísticas. Ao mesmo tempo, a evolução deles é acelerada pelo contato com a nossa Dimensão; prova de que “a moeda de troca” da Criação é o convívio fraterno que a todos enriquece.
Para trabalhar na Umbanda, as Pombagiras Mirins se preparam na Dimensão Encantada de origem. Então, elas se assentam à Esquerda dos Orixás, deles obtendo permissão e amparo para esse trabalho. Processo idêntico ocorre com os Exus Mirins. Por isso, há Exus Mirins e Pombagiras Mirins atuando na irradiação dos 14 Orixás que cultuamos.
●Existe um Orixá Maior sustentador dessa Linha? A resposta é SIM!
Todas as Linhas de Trabalho da Umbanda atuam sob a Regência direta de um Mistério Divino e manifestam as Qualidades do respectivo Orixá. Além disso, cada Entidade atua sob a Irradiação de determinado Orixá, que definirá seus campos específicos de trabalho (Fé; Amor; Conhecimento; Justiça; Lei; Evolução; Geração).
O mesmo acontece com as Pombagiras Mirins e as demais Linhas de Esquerda.
Uma comparação com as Linhas da Direita facilitará a nossa compreensão.
Exemplos clássicos: ●Os Caboclos atuam sob o Mistério Caboclo, Regência do Orixá Oxóssi. Quando um Caboclo ou uma Cabocla se manifesta na Umbanda, eles trazem e ativam as Forças, Qualidades ou a capacidade de realização do Mistério Caboclo. ●Já os Pretos Velhos são regidos pelo Mistério Ancião, dos Orixás Obaluayê e Nanã, e quando se manifestam na Umbanda, eles trazem e ativam as Forças, Qualidades ou a capacidade de realização do Mistério Ancião.
Mas há Caboclos e Pretos Velhos atuando na Irradiação dos 14 Orixás.
Exemplos: ●Caboclo de Oxalá― manifesta as Qualidades Divinas do Mistério Caboclo nos campos da Fé, é um expansor do Sentido da Fé, inspira o estudo e o conhecimento no campo da Fé, é um doutrinador; ●Preta Velha de Oxum― manifesta as Qualidades Divinas do Mistério Ancião nos campos do Amor, traz a Transmutação e a Evolução para o Sentido do Amor.
Nas Linhas de Esquerda, dá-se o mesmo.
Os Exus atuam sob a Regência e Mistério do Orixá Exu; as Pombagiras atuam sob a Regência e Mistério do Orixá Pombagira. E há Exus e Pombagiras atuando nos 7 Sentidos da Vida, na Irradiação dos 14 Orixás.
Vamos agora analisar essa questão relativamente às Entidades Mirins da Esquerda:
●Quanto aos Exus Mirins, sabemos hoje que eles são regidos pelo Mistério de um Orixá que na Umbanda denominamos Orixá Exu Mirim. Quando incorporam, os Exus Mirins manifestam as Qualidades Divinas do Mistério deste Orixá.
O Orixá Exu Mirim não era conhecido na cultura Nagô-Iorubá, da qual herdamos o Culto de Orixá. Então, Pai Benedito de Aruanda, um dos Mentores Espirituais de Rubens Saraceni, explicou que o nome dessas Entidades (Exu Mirim) poderia designar o seu Orixá Regente, uma vez que toda Entidade é o manifestador natural das Qualidades do Mistério Divino do Orixá que as rege diretamente (vide o livro “Orixá Exu Mirim”, Madras Editora, de Rubens Saraceni).
●Também as Pombagiras Mirins atuam sob a Regência direta de um Mistério Divino e manifestam as Qualidades de um Orixá cujo nome não era conhecido entre os Nagôs-Iorubás.
Então, pelo mesmo princípio aplicado aos Exus Mirins― cujo nome serviu para designar seu Mistério Divino e Orixá Regente― podemos denominar de “Orixá Pombagira Mirim” o Divino Regente do trabalho das Entidades Pombagiras Mirins, dentro do Ritual de Umbanda. O mais importante é saber que as Pombagiras Mirins são Entidades regidas por uma Divindade de Deus, já que nada existe fora das Leis do Criador. Portanto, merecem nosso respeito e gratidão.
Como Entidades Femininas, as Pombagiras Mirins representam o Sagrado Feminino (o aspecto “Mãe” do Criador). Manifestam o aspecto Feminino de um Mistério da Criação, enquanto os Exus Mirins manifestam o aspecto Masculino desse Mistério.
Finalmente, há Pombagiras Mirins atuando na Irradiação de todos os Orixás, de forma idêntica ao que se constata nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda.
CARACTERÍSTICAS E CAMPOS DE ATUAÇÃO
Quanto à sua forma de incorporação, as Pombagiras Mirins são travessas, falantes e curiosas, assim como os Exus Mirins. Dependendo da Irradiação do Orixá que rege seu campo específico de trabalho, serão mais agitadas, mais tranquilas etc. Mas elas não são mal educadas e nem grosseiras; e se isto ocorrer, a causa estará um desequilíbrio do médium.
Textos doutrinários a respeito dos Exus Mirins e das Pombagiras Mirins são raros.
Recentemente, temos duas obras de Rubens Saraceni, já mencionadas, sobre o tema: “Arquétipos da Umbanda” e “Orixá Exu Mirim”, onde o autor esclarece que as Pombagiras Mirins têm características semelhantes às dos Exus Mirins porque elas correspondem ao aspecto Feminino de atuação de um Mistério Divino cujo aspecto Masculino é manifestado por eles (assim como acontece com Caboclos/Caboclas, Preto-Velho/Preta-Velha etc.); que há uma identificação dos Exus Mirins com os Exus da Umbanda, bem como das Pombagiras Mirins com as Pombagiras.
Por falta de conhecimentos na época, as primeiras manifestações das Entidades Mirins provocaram interpretações fantasiosas e geradoras de preconceitos. Pensava-se que as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins eram “espíritos” que em encarnações anteriores foram “crianças de rua”, “marginais” etc. Nada se sabia sobre a sua natureza Encantada. Passaram a ser vistos como “seres diabólicos que fazem o mal” e não eram bem aceitos nos Terreiros, pois ninguém entendia quem eles eram. Atualmente, é rara a presença das Entidades Pombagiras Mirins nos Terreiros de Umbanda, até menos frequente que a dos Exus Mirins.
Infelizmente, é triste perceber que muitos ainda pensam assim, de forma negativa. Na “internet”, por exemplo, há muitos textos dizendo que as Pombagiras Mirins “são filhas de prostitutas, filhas da rua, filhas do mal e agentes do mal”… Afora a irresponsabilidade de quem escreve tais barbaridades sobre algo que não entende, ainda há um desrespeito para com a religião de Umbanda e seus fundamentos Divinos e para com as Entidades Pombagiras Mirins, que manifestam as Qualidades Sagradas de um Orixá, de uma Divindade de Deus! Outro aspecto é que tais afirmações também demonstram preconceito e desumanidade em relação às crianças abandonadas nas ruas, que merecem o cuidado da sociedade, ao invés da pecha de “filhas da rua”. Será que Deus iria criar alguma criança para ter esse destino infeliz? Ou somos nós, a nossa sociedade “humana” (ou desumana?), que não enxergamos que estamos falhando com elas? Não existe criança “de rua”, não pode existir, dentro da Criação Divina! O que vemos são crianças “na rua”, por falta de competência e seriedade dos governos e indiferença da nossa sociedade. E não há “seres do mal” dentro de uma religião, seja ela qual for. Não pode haver, já que toda religião visa a religar o homem a Deus! São assuntos para se pensar…
Para quem atua mediunicamente na Umbanda com seriedade e para os fiéis sinceros, é fácil perceber que tudo isso não passa de fantasias e “achismos” maldosos, sem fundamento algum dentro da religião, ou mesmo fora dela. Basta aplicar bom senso e equilíbrio ao avaliar tais informações, “separando o joio do trigo”…
Um alerta: as Entidades de Esquerda do Ritual de Umbanda sempre espelham aquilo que está no íntimo das pessoas (dos seus médiuns e dos consulentes). Ou seja, aquilo que falamos e pensamos a respeito delas é apenas reflexo do que trazemos em nosso íntimo. Quem fala mal dessas Entidades está falando de si mesmo, dos preconceitos que carrega no íntimo. A palavra preconceito vem de “pré + conceito”, equivale a uma opinião formada antes de se conhecer o assunto tratado. Logo, é uma opinião com base em valores que já trazemos, é puro reflexo daquilo que pensamos e acreditamos, é o reflexo do nosso íntimo…
Médiuns desequilibrados extravasam seus preconceitos e desequilíbrios mais íntimos ao incorporar uma Entidade da Esquerda (Exu, Pombagira, Exu Mirim, Pombagira Mirim).
O mesmo fenômeno acontece com pessoas mal intencionadas e desequilibradas no Sentido da Fé, sejam médiuns ativos ou apenas consulentes, quando se colocam diante de Entidades da Esquerda “achando” que elas são “ex-marginais”, que podem tratá-las como “escravas” e pedir trabalhos negativos. Grande engano!
Uma pessoa assim acredita mais “no mal” do que no Bem que preside toda a Criação. Está intimamente “negativada” ou desequilibrada no Sentido da Fé e, por consequência, nos demais Sentidos da Vida. Por isso, vê maldade em tudo; crê que tudo é produto de magia negativa; que pode até pedir que alguém faça por ela uma magia negativa, para conseguir seus objetivos egoístas, sem ter responsabilidade pelo que pediu (maldade dupla: querer o mal do próximo e culpar outrem pela própria maldade!). Como é que se pode “pedir o mal” dentro de um ambiente religioso? Isto é o absurdo dos absurdos! Onde pedidos assim são aceitos, com certeza NÃO se está dentro de religião alguma!
Sejam, ou não, médiuns ativos― já que a mediunidade não dá diploma de “santidade” a ninguém―, pessoas assim não movem um dedo para se aprimorar interiormente e se capacitar para melhorar na vida. Vivem na preguiça e na escuridão íntima e, por isso mesmo, são preconceituosas e arrogantes. Quando se colocam à frente de uma Entidade de Esquerda, no entanto, são envolvidas “pela Mão Esquerda do Criador” e acabam “tirando a própria máscara”, colocando para fora o que existe em abundância dentro do próprio íntimo… Já dizia o Mestre Jesus: “A boca fala do que existe em abundância no coração”
Pode-se perguntar: ― Por que a Esquerda espelha o íntimo das pessoas? Não é um desrespeito, se a pessoa não quer expor? Qual a finalidade disso? Seria um castigo?
A resposta é: Não se trata de desrespeito ao outro e nem de “castigo”. É, isto sim, uma valiosa oportunidade de renovação! Porque uma das funções importantes das Entidades da Esquerda do Ritual de Umbanda Sagrada é trabalhar o nosso emocional, limpá-lo, revelar o que está escondido e que precisa ser modificado e renovado, e então nos conduzir a um caminho de equilíbrio íntimo, para que o nosso processo de evolução tenha continuidade. É uma verdadeira “catarse”…
Aí surgem outras perguntas:
―Mas as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins não são diferentes dos outros Guias? Respondemos: Sim, como Seres Encantados da Esquerda, eles têm características próprias e diferenciadas, inclusive em comparação aos Espíritos atuantes em outras Linhas de Trabalho da Umbanda.
―Essa diferença não significa que são “do mal”? Respondemos: Definitivamente, NÃO! São Seres criados por Deus, com capacidades específicas de contribuir para o Bem da Criação e por isso atuam dentro da religião de Umbanda. Qual seja essa contribuição, veremos a seguir.
●De forma semelhante ao que fazem os Exus Mirins, as Pombagiras Mirins têm um papel importantíssimo dentro da Umbanda.
Sua apurada percepção, desenvolvida na Dimensão de origem, lhes permite captar a maldade quando ainda não praticada, a que está no campo das intenções, no mais íntimo das pessoas. Elas cortam o mal pela raiz! Atuam a partir do Plano Encantado à Esquerda da Dimensão Humana, com recursos magísticos que nós desconhecemos, pois não temos acesso àquela Dimensão, e que nem mesmo são igualados pelos valorosos Guardiões e Guardiãs que nos amparam (já que os Exus e as Pombagiras são espíritos humanos).
Quando uma Pombagira Mirim corta uma intenção negativa, ou quando quebra uma demanda, o seu papel é de anulação completa daquelas energias desequilibradas. A maldade é “dissolvida” por completo, com os recursos do seu meio de origem. A negatividade é recolhida e levada para a Dimensão onde as Pombagiras Mirins habitam.
Trata-se de um trabalho que ninguém desfaz, como se diz popularmente, porque não temos acesso a tal Dimensão. É um mecanismo Divino que nos protege, ainda que não saibamos compreendê-lo. Porque Deus é o Bem Maior e Suas Energias trabalham no Bem e para o Bem da Sua Criação. As Leis Divinas não mudam, são Perfeitas e atuam de forma permanente para resguardar a Ordem e o Equilíbrio de toda a Criação. Tais Recursos Divinos existem em todos os Planos da Criação. Tudo o que existe tem uma função Divina, nem sempre ao alcance da nossa compreensão.
Há quem faça magias negativas contra o próximo, há quem ganhe dinheiro e há quem pague por isso; há quem manda vibrações mentais negativas para os semelhantes, a torto e a direito (ódio, vingança, pragas, maldições etc.); há quem pragueja o dia todo contra o clima, as condições de vida, até contra a família (se chove, se faz sol, se está frio, se está calor, se tem trabalho e se não tem, quando o filho chora, quando o filho quer brincar etc.); enfim, há quem viva com intenções negativas que a lei humana não alcança. Mas da Lei Divina essas pessoas vão receber, mais cedo ou mais tarde, aquela projeção negativa de volta. Ação e reação.
No caso, as Pombagiras Mirins e os Exus Mirins irão recolher e “devolver” as intenções negativas para quem as emitiu, como agentes da Lei Maior, para preservar a Ordem Divina da Criação. Com certeza, a vida dessas pessoas começará a se complicar, a sofrer atrasos e outros embaraços, na colheita daquilo que semearam por livre e espontânea vontade. Afinal, são humanas e têm consciência e livre-arbítrio. Pode ser que elas queiram “culpar” alguém, dizendo-se “vítimas” de magias negativas etc. etc., mas de nada irá adiantar. Dizia o Mestre Jesus: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”…
Todos nós estamos sujeitos a esses erros, de modo que um exame de consciência ajudará muito… Como nada está perdido na Criação Divina, o remédio para quem se vê nessa condição é pedir perdão ao Pai Oxalá e aos Sagrados Regentes da Justiça e da Lei Divinas, comprometendo-se perante o Divino Criador a retificar seus pensamentos e ações, e daí recomeçar sua vida de forma honrada, justa e positiva.
●As Pombagiras Mirins também são muito eficientes na limpeza energética de pessoas e ambientes. A importância desse trabalho está, muitas vezes, além da nossa percepção.
Mas basta observarmos uma coisa: é comum que os Exus de Lei da Umbanda trabalhem com a ajuda de Exus Mirins. E é comum que as Pombagiras de Lei trabalhem com o auxílio de Pombagiras Mirins. Mesmo que os Mirins não incorporem, os clarividentes e outros sensitivos podem percebê-los atuando ao lado dos Exus e das Pombagiras.
Em tais situações, primeiro os Mirins fazem uma espécie de rastreamento do ambiente do Terreiro, dos médiuns e consulentes, recolhendo as cargas negativas lançadas mentalmente contra eles (as intenções maldosas). Em seguida, quebram as demandas ativadas com recursos de “ocultação”, que por ali existam. Fazem isso, usando da sua Magia característica.
As Pombagiras Mirins e os Exus Mirins fazem esses trabalhos por serem dotados de capacidades próprias da sua condição de Encantados da Esquerda do Criador. Têm habilidades magísticas das quais os nossos valorosos e amados Exus e Pombagiras nem sempre dispõem, justamente porque são espíritos humanos.
No final, os Exus e as Pombagiras têm condições mais favoráveis para realizar seus trabalhos específicos (e, neste momento, os Mirins não substituem e nem se igualam aos nossos Guardiões e Guardiãs, pois cada Entidade tem sua especialidade e campo de atuação).
Mesmo em Terreiros onde não se aceita a presença de Exus Mirins e Pombagiras Mirins, eles, muitas vezes, atuam de forma não ostensiva (sem incorporar). E onde são aceitos, tanto trabalham dessa forma, quanto podem incorporar e trabalhar ao lado dos Exus (os Exus Mirins), ou ao lado das Pombagiras (as Pombagiras Mirins).
Há uma grande identificação entre os Exus Mirins e os nossos Exus. Também há uma grande identificação entre as Pombagiras Mirins e as Senhoras Pombagiras. Os Mirins até chamam os Exus de “tios”. E as Pombagiras Mirins se referem às Pombagiras como “tias”.
Como Seres Encantados, e embora dotados de conhecimentos e recursos magísticos, as Entidades Mirins parecem nos dizer que almejam ser aquilo que os nossos queridos Exus e Pombagiras são: querem ser “grandões” como eles, isto é, almejam o grau de consciência e o livre-arbítrio que nossos Guardiões e Guardiãs já conquistaram por serem espíritos humanos em evolução. Indiretamente, os Mirins estão nos mostrando o valor da consciência e do livre-arbítrio e o valor dos Senhores Exus e das Senhoras Pombagiras (que estão usando muito bem esses dons em favor da própria evolução e da nossa!…). Há um grande respeito e admiração na relação entre essas Entidades. Há uma parceria importantíssima, que nem sempre compreendemos e raramente imitamos…
Por essa afinidade, as Pombagiras Mirins costumam adotar nomes que são o diminutivo dos nomes das Senhoras Pombagiras e receber oferendas semelhantes às delas.
●Exemplos de nomes simbólicos:
1-Pombagira Mirim Rosinha- referência à Senhora Pombagira da Rosa, que trabalha na Irradiação de Mamãe Oxum;
2-Pombagira Mirim Mariazinha- referência à Senhora Pombagira Maria Padilha, atuante no campo da Fé e da Religiosidade, Regência de Mãe Logunan. Esse nome também pode referir-se à Senhora Pombagira Maria Molambo, que atua no campo do Amor; etc.
Vale lembrar que toda Entidade que usa o nome “Maria” traz uma referência direta ao Sagrado Feminino, ao aspecto da “Mãe Divina”.
3-Outras Pombagiras Mirins acrescentam o nome do elemento característico, ou então do Ponto de Força no qual atuam. Exemplos: Rosinha do Mangue- Irradiação de Mãe Nanã; Pombagira Mirim do Cruzeiro- Irradiação de Pai Obaluayê; Pombagira Mirim da Estrada- Irradiação de Pai Ogum; etc.
Exemplos de elementos de oferenda para as Pombagiras Mirins:
●Rosas vermelhas, hibisco, brinco de princesa e flores vermelhas em geral. Também a mini-rosa vermelha, muito delicada, que agrada às Entidades Mirins, como homenagem ao seu lindo porte “mirim”;
●Sidra ou champanhe de maçã (vermelha) com mel; sucos de frutas vermelhas ou ácidas com mel; refrigerantes. As bebidas também podem ser adoçadas com Alcaçuz (erva). Algumas Pombagiras Mirins manipulam bebidas com baixo teor alcoólico. Outras não, e preferem sucos de maçã, morango, ameixa vermelha, uva escura, laranja, limão, maracujá etc., ou ainda guaraná, groselha etc.;
●Ervas;
●Cigarrilhas e fumos preparados com as ervas específicas;
●Frutas cítricas (limão, laranja azeda, maracujá, abacaxi etc.) e as de casca vermelha;
● Fitas, linhas, pembas, tecidos e velas vermelhas;
●Perfumes;
●Incensos- Exemplos: canela, rosa vermelha, dama da noite, jasmim, arruda.
UMA REFLEXÃO FINAL, COM BASE NA PRÁTICA MEDIÚNICA:
A clarividência é apenas um dom mediúnico, como tantos outros. É um dom natural (e nada extraordinário!), que se apresenta em diferentes graus, em cada médium. Mas ela precisa ser direcionada ao propósito de aprender e de ser útil (sem as bobagens da vaidade de “aparecer”, de “anunciar desgraças” etc.).
Bem direcionada, a clarividência dá ao médium a oportunidade de captar alguns “flashes” da comunicação que acontece entre os diversos Planos, Seres e Entidades, nas Giras da Umbanda. Então, esse médium poderá perceber o quanto um trabalho integrado é valioso.
A interação que existe entre os Espíritos e os Seres atuantes na Umbanda é um exemplo disso. Porque nos traz os benefícios que a soma dos recursos de cada Ser e de cada Espírito, que eles disponibilizam para o Bem comum, nos trabalhos religiosos da nossa amada Umbanda, e sem fazer alarde. Exemplo que precisamos seguir…
Dizer: “Somos Um” não é difícil. Mas vislumbrar, pela mediunidade, os efeitos de se pôr esta afirmação em prática é algo que emociona, sempre e sempre.
E não importa se a pessoa tem clarividência, ou não. A intenção foi apenas exemplificar. Fato que todos podem observar é que os Guias da Direita e da Esquerda vêm trabalhando ao nosso lado, sem parar, apesar das nossas deficiências, resistências, dificuldades etc. Um exemplo a seguir…
Os Mirins vivem num estágio anterior à aquisição da consciência e do livre-arbítrio, mas são importantes amigos e auxiliares, sempre que nos dispomos à prática do Bem.
Nós, por outro lado, já temos consciência e livre-arbítrio. Mas precisamos utilizá-los com reverência e gratidão ao Divino Criador e com respeito aos demais Seres da Criação, pois são ferramentas que Ele nos concedeu para nossa evolução e integração no Todo.
É hora de aprendermos a respeitar e valorizar “os diferentes”, incluindo os Seres de outros Planos da Criação e as diversidades presentes em nosso meio humano. Se nós refletirmos que essas “diferenças” revelam unicamente “as várias Faces” (aspectos) do Criador, vamos despertar para a importante tarefa de praticar a Fraternidade e então avançar mais um pouco no caminho da Evolução.
Saudemos, pois, os Divinos Regentes dos Mistérios das Senhoras Pombagiras, das Pombagiras Mirins, dos Senhores Exus e dos Exus Mirins, com gratidão e pedindo bênção. E vamos pedir a proteção dessas Entidades que nos amparam, agradecendo por suas lições de prática fraterna e de humildade perante o Criador e a Criação.
As Pombagiras Mirins também nos reconhecem como “diferentes”. Mas vêm até nós, e para nos ajudar. São amigas. São Mãos do Criador que se doam às nossas mãos, para nos fortalecer. São exemplos de que podemos, sim, aprender a administrar as diferenças aparentes.
O importante é a gente se dispor a somar os conhecimentos e as vontades individuais de colaborar. Juntos, podemos aprender uns com os outros, crescer mais e prestar mais auxílio mútuo, contribuindo para o Todo. Assim é na Umbanda ensinada e praticada por nossos Amados Orixás e Guias, esta grande Escola de Espiritualização e de Fraternidade. Vamos abrir o coração e a mente. Seguir a lição e o exemplo e fazer por “refletir essa Luz Divina”, como está no Hino da Umbanda…
Quando tivermos aprendido essa lição, quem sabe a Espiritualidade Superior nos revele mais alguma coisa a respeito das queridas Pombagiras Mirins, essas Magas “pequeninas” e cheias de energia e disposição, que tanto nos encantam, mas que ainda permanecem cercadas de “mistérios”… Quem sabe? Afinal, tudo acontece no tempo certo. “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece”…
Salve o Sagrado Orixá e as Entidades Pombagira Mirim!