quarta-feira, 22 de maio de 2019

Banho para Damas (Pomba Gira)

Ingredientes:
1 bacia de ágata ou louça
2 litros de água mineral
7 rosas vermelhas
7 gotas de perfume
7 gotas de essência de rosa vermelha
Retire as pétalas de todas as flores e coloque dentro da bacia, acrescente a água, o perfume e a essência de rosa vermelha Delicadamente, macere (aperte) as pétalas das flores com as mãos.
Mentalize sempre sua Dama próxima a você, peça auxilio e proteção para fazer um bom trabalho espiritual.
Faça seu banho habitual de Higiene em seguida despeje a mistura do pescoço para baixo.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Maria Padilha

Brasão da Família Padilla (Portugal - Espanha)


Da Casa de Padilha: Um escudo pleno, contendo três pás de prata, em posição vertical, sobre fundo azul, cercado por nove meias-luas, em prata, sendo três acima das pás, três abaixo das pás, uma à direita das pás e duas a esquerda das pás; Um timbre de Águia Imperial Nascente, de cor negra com adornos prata; Um virol, na cor azul e negra, aos pés da Águia Imperial; Dois Paquifes, um a cada lado do Escudo Pleno, nas cores azul e prata.

As Cores


Para cada cor do brasão da Casa de Padilha existe um significado singular.


§ Prata: pureza, integridade, firmeza e obediência


§ Azul: zelo, lealdade, caridade, justiça, lealdade, beleza e boa reputação.


§ Negro: prudência, astúcia, tristeza, rigor e honestidade.


§


A Águia Negra


Conhecida como Águia Imperial Nascente, por ser a insígnia peculiar do Sacro Império Romano. Representada em cor negra, ornada em prata, com as asas abertas, de pontas voltadas para cima, a cauda espalmada, as pernas abertas com as garras estendidas, a cabeça voltada para o flanco direito, ereta, com a língua de fora. —Essa é a posição estendida.


A águia pode ser vista, figuradamente, como símbolo de força, de grandeza e de majestade. Foi muito usada em brasões de exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas, e, mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças que eram insígnias das legiões. Na simbologia cristã aparece como possível símbolo da ressurreição e o triunfo de Cristo e do cristianismo. Foi também o símbolo da alma humana, o símbolo das artes. Chama-se de águia o homem muito perspicaz, penetrante, que vê longe; superior em inteligência.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_Padilha#Significado


Olá amigos e leitores do "A Alma das coisas"!

Inicio essa postagem com o Brasão da família Padilla ( com dois ll se escreve na Espanha), com um único objetivo: refletir sobre essa entidade tão carismática no meio Umbandista chamada Maria Padilha.
Sabemos que Padilhas existem muitas e que cada uma tem a sua história particular de vida, porém, refletir sobre a história de uma, especifica, Maria Padilha, que deixou sua marca na história, talvez nos esclareça melhor sobre o papel das tantas Padilhas que incansavelmente trabalham na Terra sob a Sagrada Égide da Umbanda.
Com todo o respeito a todas as entidades que compõem essa falange, quero centralizar o foco dessa minha reflexão/pesquisa, em torno da história de Dona Maria Padilla de Castela, amante e posterior esposa do Rei Dom Pedro I de Castela (Espanha Ibérica).
Nossa personagem histórica deixou sua marca em sua passagem terrena, envolta em enredo de amor e de dor.
Sucumbe Maria Padilha, vitima da peste bubônica, que na ocasião, arrebatou muitas vidas na Europa, semanas após a morte de sua pretensa “rival”, esposa de Don Pedro, pelos dados históricos, morta por envenenamento.
Pensando então, sobre carma, reencarnação e evolução espiritual através do trabalho conjunto com os espíritos encarnados, foi que me ocorreu a idéia de postar aqui essa despretensiosa reflexão sobre Maria Padilha, entidade de Umbanda que tanto auxilia os encarnados necessitados em suas caminhadas pela vida na Terra.
Pesquisando encontrei alguém que escreveu algo sobre o assunto, estabelecendo um paralelo entre Maria Padilha histórica e Maria Padilha entidade. O livro “Maria Padilha e toda a sua Quadrilha” de Marlyse Meyer, Ed. Duas Cidades, é o livro em questão sobre o qual não posso opinar, uma vez que não tive acesso a tal leitura.
Voltemos então à reflexão:
Iniciei a postagem com o brasão da família de Maria Padilha. Toda e qualquer semelhança com os pontos riscados da Umbanda seria mera coincidência? Ou há algo a se refletir?
Sou mais pela reflexão, uma vez que pontos riscados são identidades, sinais, mensagens que os espíritos enviam a nós, encarnados, e ao astral principalmente como uma forma de estabelecer a qual categoria de trabalho espiritual esteja, naquele momento, engajado, além de se identificar espiritual e terrenamente. O Brasão, portanto, quando analisado, em seu significado, nos fala sobre os valores morais/espirituais, da família Padilla e de sua nobre integrante Maria.
Com base na frase: “Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade”, ouso pensar, e tão somente pensar aqui com os meus “botões”, que é muito possível sim que a Maria Padilha histórica tenha dado inicio à falange hoje militante na Umbanda em suas mais diversas formas de manifestação e ritual, de outra forma, o nome Maria Padilha, jamais teria sido conhecido, nem tampouco cultuado como acontece nos dias de hoje na maioria dos terreiros espalhados pelo nosso mundo.
Se a Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade, é também a manifestação do espírito para evoluir em conjunto com os espíritos ainda encarnados, sendo assim, nada há que possa contrariar, dentro desse contexto, a idéia que Maria Padilha, amante/esposa do Rei D. Pedro I de Castela, tenha dado inicio a essa falange de trabalhadoras de Umbanda, guardiãs por excelência, dos mistérios que envolvem as emoções dos homens no sentido de humanidade.
A história de Maria Padilha de Castela, não é uma história de final feliz, nem tampouco sua vida foi um conto de fadas.
Maria Padilha histórica foi amante,  esposa, mãe, além de braço direito do Rei nas questões políticas, influenciando o mesmo segundo seus pensamentos. Existe ainda, a hipótese de ter sido ela a mandante do crime por envenenamento da esposa de Don Pedro, porém, quanto à isso, nada encontrei de relevante, apenas algo vago mencionando tal fato. Apenas a morte por envenenamento é fato documentado.
Tendo vivido uma história de amor tão forte e real, vindo a sucumbir ela logo após a morte da outra, que era esposa legítima do Rei, nós, que cremos em reencarnação e carma, se refletirmos, veremos que é absolutamente possível que Maria Padilha, ao invés de evoluir pelas vias da reencarnação, possa ter perfeitamente escolhido, ou ter sido constrangida a escolher a evolução pelas vias do trabalho caritativo que a mediunidade a todos proporciona, quando seja o caso, é claro.
Sendo assim, penso ser muito provável/possível, que ela tenha dado inicio a essa falange e/ou linha de trabalho, ou ainda, agrupamento de espíritos afins, como queiram, por que não?
Penso assim por uma razão muito forte que me chama realmente a atenção e essa razão é o fato que, a maioria das pessoas, que agradecem a essa entidade, alguma graça alcançada ou ajuda efetiva em sua caminhada, se refere a ela, na maioria das vezes, como sendo rainha, o que na realidade, pelos fatos históricos, ela não foi, apenas foi sepultada com todas as honras de uma rainha por ordem do Rei.
Mesmo não tendo sido rainha, Maria Padilha histórica, era sim de nobre família, portanto, a meu ver, esse fato também explica os modos, quando incorporadas, sempre muito finos e requintados, além de conservar o sotaque espanhol em sua fala, das tantas Padilhas que se manifestam e trabalham nos vários terreiros pelo Brasil e pelo mundo espalhados.
São muitas “coincidências”, muitas semelhanças! Sem dizer que seu trabalho é mais e profundamente voltado à cura dos corações que sofrem por amor ou estão com suas emoções em frangalhos.
Penso que Maria Padilha, a da história, tinha conhecimento e habilidade com a magia, pois, em toda a Europa se praticava magia e rezas que certamente ela conhecia fato que apenas reforça a opinião que ora emito que tenha sido ela a primeira de um grande grupamento de espíritos que se formou por conta de afinidades.
Já ouvi alguns relatos sobre a atuação de Maria Padilha como entidade de Umbanda e, todos eles se relacionam de alguma forma, com questões emocionais, sentimentais, bem como questões envolvendo fertilidade, manutenção da família e por ai vai. Situações que Maria Padilha histórica, viveu em plenitude, portanto, nada mais compreensível que um espírito, tendo vivido tão intensamente as dores da alma que ama, sofre e luta pelo seu amor, pela sua família, filhos e integridade, venha a se propor evoluir pelas vias do trabalho de auxilio ao próximo através da ferramenta mediúnica.
Outro fato, muito interessante, também me chama muito a atenção quando penso em Maria Padilha entidade e esse fato é o gosto pelo requinte, normal para quem viveu na nobreza, os gestos delicados e a educação que lhe é tão peculiar ao falar e se dirigir a alguém, além, é claro, do temperamento forte, por vezes, autoritário, de quem sabe muito bem exercer a liderança, atributos que Maria Padilha, histórica, possuía.
Tudo o que envolve Maria Padilha histórica está representado ou reproduzido em Maria Padilha entidade, isso considero muito interessante.
Até aqui, antes de ter recebido a sugestão para a pesquisa, sugestão a mim passada pelas vias da intuição, eu nada sabia sobre Maria Padilha, amante/esposa do Rei D.Pedro I de Castela. Eu desconhecia essa história e, ao me deparar com os frutos da pesquisa, me encantei de tal forma que pude sentir mediunicamente, a presença dessa entidade querida e plena de Luz.
Outro fato extremamente interessante que descobri pesquisando, é que Maria Padilha histórica gostava de se vestir com a cor vermelha, coincidência? De qualquer forma é por demais interessante toda essa reunião de semelhanças.
Pensando sobre o Rei, viúvo de Maria Padilha, que era conhecido como “O Cruel”, pelos seus atos violentos, diante da morte da amada certamente teve de refletir e evoluir, ao menos um pouco através da dor pungente que foi para ele a perda de Maria Padilha para a peste. Ele ordenou que ela fosse sepultada então com honras de rainha, pois que assim ele a considerava. Depois do evento da morte dela, todos os filhos que tivera com o Rei, ao todo quatro, em respeito a sua memória, passaram a usar o sobrenome Padilha.
Algumas vezes ouvi pessoas, médiuns, dizendo que a maioria das médiuns Umbandistas gostaria de trabalhar com a entidade Maria Padilha e que confundiam outras Pombas-Gira com ela. Refletindo sobre tal afirmação, penso ser natural, principalmente entre médiuns iniciantes, esse desejo, uma vez que Maria Padilha é muito envolvente, elegante e mística, além de eficaz em seus trabalhos que jamais atendem aos gostos pessoais dos que vão à busca de sua ajuda. Ao contrário do que pensam muitos, essa entidade é extremamente justa, cautelosa e só atua dentro dos limites de sua permissão. Jamais atende a desejos inescrupulosos e mesquinhos. Sabe muito bem quais são os caminhos mais seguros para a evolução espiritual e material das pessoas, por isso alguns dizem: “ tome cuidado com ela”. Esse cuidado é no sentido de que há de se ter cuidado quando a ela solicitar ajuda para não sair de sua presença cabisbaixo pela eventual lição de moral e humildade que ela possa aplicar.
Enfim, Maria Padilha de Castela e Maria Padilha da Umbanda, podem não ser a mesma pessoa, mas ambas sustentam entre si muitas semelhanças.
Na verdade, o que realmente importa, é o trabalho digno e belo que as Padilhas, de Castela, do Brasil e do mundo, realizam em nome de Deus sob a Égide da Umbanda ou onde quer que lhe seja solicitado o trabalho no bem.
Deixo aqui registrado o meu respeito e apreço por todas as Padilhas que sem esmorecer trabalham pelo bem, progresso e evolução de todos e delas mesmas.



Annapon em 08.12.2010







Pombagira e as faces inconfessas do Brasil




Reginaldo Prandi



Do livro de Reginaldo Prandi, Herdeiras do Axé.
São Paulo, Hucitec, 1996, Capítulo IV, pp. 139-164.



( trecho da obra acima citada )


Maria Padilha, talvez a mais popular Pombagira, é considerada espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã. A escritora Marlyse Meyer publicou em 1993 seu interessante livro Maria Padilha e toda sua quadrilha, contando a história de uma amante de Pedro I (1334-1369), rei de Castela, a qual se chamava Maria Padilha. Seguindo uma pista da historiadora Laura Mello e Souza (1986), Meyer vasculha o Romancero General de romances castellanos anteriores ao siglo XVIII, depois documentos da Inquisição, construindo a trajetória de aventuras e feitiçaria de uma tal de Dona Maria Padilha e toda a sua quadrilha, de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil. O livro é uma construção literária baseada em fatos documentais no que diz respeito à personagem histórica ibérica e em concepções míticas sobre a Padilha afro-brasileira. Evidentemente não encontra provas, e nem pretende encontrá-las, de que uma é a outra. Talvez um avatar imaginário, isto sim. E que pode, quem sabe, vir a ser, um dia, incorporado à mitologia umbandista.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Pomba Gira e a Psiquê

Pomba Gira é sempre assunto polêmico, mal interpretado, mal compreendido, enfim, poucos buscam conhecer a fundo os seus mistérios e a sua função seja nos trabalhos de Umbanda, seja na vida cotidiana.

Graças a Deus, os tempos de hoje são outros e a informação, de fonte confiável e fiel à Missão da Umbanda na Terra, nos permite chegar a textos que, como o abaixo, nos esclarecem acerca da maioria dos assuntos que antes eram ingenuamente conservados a sete chaves.
Aos que se encantam com essas guerreiras guardiãs dos mistérios do Pai Criador, ofereço e compartilho o texto que segue. Espero que traga Luz, maior compreensão sobre o abençoado e necessário trabalho dessas entidades maravilhosas!

Com afeto,

Anna Pon






Orixá Pomba-gira, é uma Divindade Unigênita gerada por Deus (Olorum) e manifesta Sua qualidade estimuladora em tudo e em todos.


Deus ao individualizar seu aspecto estimulador gerou uma Divindade Unigênita Chamada Pomba-gira que a partir daí geraria em si e a partir de si toda energia estimuladora de Deus sendo nesse aspecto e qualidade onisciente, onipotente e oniquerente.

Deus é o Todo e Pomba-gira é parte do todo que foi individualizada em seu aspecto estimulador e assim também o é com Ogum que é a individualização de Deus em seu aspecto Ordenador, ordenando tudo e todos na criação, desde o desenvolvimento de uma célula que tem que desenvolver-se de forma ordenada até o desenvolvimento do caráter intimo de cada ser. E assim é com todas as divindades de Deus que gera em si as condições e meios ideais para que os seres gerados por Deus sejam amparados e possam evoluir. 

Pomba-gira é também conhecida como trono dos desejos ou senhora regente dos desejos, pois é o atributo que melhor qualifica a energia divina estimuladora gerada por Ela. 

A nossa mentalidade e cultura judaico-cristã nos influência a idealizarmos o sentido de desejo como algo voltado somente ao sexo e ao pecado, porem o desejo ou estimulo como energia divina esta relacionada a todos os nossos sentidos e áreas da nossa vida, pois somos estimulados pela Divindade Pomba-gira e vibramos intimamente o desejo de professar uma fé e buscar uma religião que nos proporcione o prazer de vivenciarmos Deus através dela, de vencer na vida e passar por todos obstáculos e dificuldades pertinentes ao nosso dia-dia, de amar ao próximo, de casar e constituir família, Ela também estimula em nós o desejo de buscarmos a retidão de caráter, o equilíbrio, a razão, o conhecimento, a sabedoria ,ou seja, todas as virtudes divinas afastando-nos dos vícios e desestimulando os sentimentos negativos vibrados por nós. 

Se formos estimulados no campo da fé, desejaremos buscar uma religião que nos traga a satisfação e o prazer de vibrarmos Deus através das virtudes Divinas, tais como a tolerância, o respeito para com outras religiões e formas de cultos. 


Se formos estimulados no campo do conhecimento, desejaremos buscar um estudo, seja ele de fundo religioso ou cientifico que nos agrade, traga-nos a satisfação e o prazer de estarmos estudando algo que nos impulsiona a crescer no sentido de evoluir e assim melhor servir Deus servindo ao próximo. 

Então vemos que, Estimulo, Desejo, Satisfação e Prazer, não estão somente ligados ao sexo e sim a todos os sentidos da vida.

Pomba-gira é a força intima ou a mola propulsora que nos impulsiona para cima, sempre que nossos desejos negativos nos arrastam para o fundo dos nossos abismos pessoais. 

Enquanto O Orixá Exu rege o estado externo da criação denominado de Vazio, A Orixá Pomba-gira Rege o estado interno da criação denominado de abismo, ou seja, tudo que se abre para dentro e que se esconde em nosso intimo, tal como, a repressão de sentimentos, por exemplo, o amor reprimido, que se na origem Amor é um sentimento Divino, quando não temos o objeto amado, desvirtuamos esse sentimento divino (Amor) e passamos a internalizar um ódio desmedido pelo alvo de nosso sentimento, a frustração de qualquer desejo almejado por nós, mas que não conquistamos, os traumas psíquicos que se originaram a partir de sentimentos negativos vivenciados por nós alojando-se no mais fundo do nosso intimo, onde somente as Senhoras dos Abismos tem a chave de acesso, pois trabalham no resgate de todos os seres encarnados ou não cuja magoa, frustração e repressão de um sentimento o levaram a quedas intermináveis em seus abismos pessoais abertos em seus íntimos.

As manifestadoras espirituais da Orixá Pomba-gira, lidam com esses aspectos sentimentais como verdadeiras psicólogas e nas suas conversas envolventes, vai despertando cada ser de seu enclausuramento e apatia trazendo-os a realidade da vida e com uma boa gargalhada ensina-os que se a vida é difícil de se viver no entanto é maravilhosa , pois o Criador de tudo e de todos sempre nos faculta a oportunidade de retornarmos onde paramos e nos estimula a continuar a evoluir substituindo o amargor da vida por uma bela taça de champanhe (estimulo e desejo de viver) passando a entender que se temos dificuldades no decorrer da nossa evolução, Deus não nos privou das soluções que estavam e sempre estarão em nós mesmos. 

Isso tudo esta implícito de forma emblemática nas próprias linhas de trabalhos de Pomba-gira, onde por de traz de seu nome simbólico esta o campo onde atuam, por exemplo, citemos a linha de trabalho denominada Pomba-gira Maria Molambo da Lixeira, ali esta implícito que os nomes molambo e lixeira são apenas uma forma simbólica de mostrar o campo de atuação desse mistério, que são os sentimentos negativos de frustração que anularam a vontade de viver das pessoas que passaram a vivenciar esses sentimentos em seus íntimos e desistiram da vida. 

Essa Pomba-gira que trabalha com esse mistério, atua desestimulando esse sentimento de anulação total da vida, recolhendo-os em seus campos para que possam ser diluídos e em contrapartida atua com a sua energia estimuladora do amor à vida, despertando o ser de seu recolhimento e estimulando nele o desejo de viver e buscar o seu crescimento espiritual. Essa Pomba-gira atua nos campos da Mamãe Oxum que rege o sentido do amor. 

Orixá Exu e Orixá Pomba-gira são Divindades de Deus e não devemos tentar compreende-los segundo nossa concepção de negativo ou ruim, são Divindades de muita luz que apenas lidam com os aspectos negativos dos seres e das criaturas geradas por Deus. 


Se estamos positivos, Eles se mostram luminosos e se estamos negativos, ele se mostra segundo ao padrão vibratório negativo ou monocromático, pois não conseguimos enxergar as suas luzes devido ao nosso estado intimo, ou seja, em espírito o padrão de visão é outro, pois se na matéria enxergamos algo devido a luz que esse algo emite, em espírito enxergamos a luz de algo a partir de nosso padrão vibratório intimo positivo, pois caso estejamos intimamente negativo, tudo se-nos mostra escuro e ausente de Deus que é Luz Pura. 


SARAVÁ UMBANDA 


texto de Pablo Araújo de Carvalho

domingo, 12 de maio de 2019

Orixá Pombagira – Estímulo e Desejo

Na religião de Umbanda, no dia-a-dia, nós conhecemos as entidades que chamamos da Esquerda que são: Exu e Pomba Gira.

 Exu trabalha junto com Pomba Gira na esquerda da Umbanda.

 O que é a Esquerda? É tudo aquilo que lida com o aspecto emocional, com o nosso negativo, assim como direita é o que lida com o racional, com o nosso positivo.

 Todos nós temos uma direita e uma esquerda: a direita são os aspectos positivos e racionais; esquerda: negativos e emocionais – emocionais e não afetivos, que não se confunda a palavra emocional com a palavra afetivo.

 Quando temos problemas e desequilíbrios, isso se dá por conta de dificuldades emocionais, como lidar com as situações porque racionalmente nós não teríamos problemas, por exemplo: racionalmente eu entendo que eu não devo nunca ficar nervoso, racionalmente eu entendo que eu devo sempre ter paciência, racionalmente eu entendo que entrar em desequilíbrio prejudica a mim e as outras pessoas, racionalmente eu entendo, por exemplo, que dinheiro não é tudo e não é tão importante quanto a minha saúde, racionalmente eu entendo que mais vale o que eu sou do que o que eu tenho, mas, por dificuldades internas, por questões emocionais, às vezes, a gente age de uma forma que não gostaria, às vezes a gente perde a paciência, fica nervoso, às vezes nós temos dificuldades em lidar com situações que nós consideramos negativas, são dificuldades que vem e são de ordem emocional porque racionalmente nós entendemos o que é bom e o que é ruim, o que é certo e o que é errado, o que faz bem e o que não faz, emocionalmente a gente não consegue lidar com isso.

 Exu e Pombagira nos ajudam muito a lidar com essas questões porque eles atuam no campo negativo, descarregando, cortando, encaminhando, por isso se chama Esquerda porque eles trabalham com as energias a nossa esquerda, consideramos que está a nossa esquerda tudo o que é mais denso, mais pesado, negativo, tudo aquilo que está ligado também com as nossas dificuldades, com os nossos traumas, com as nossas fobias, etc.

Este é o campo onde trabalham Exu e Pombagira, no dia-a-dia de Umbanda, desde o início da religião, vemos a presença de Exu e Pombagira. Isso quer dizer que na Tenda Nossa Senhora da Piedade de Zélio de Moraes também havia e há presença e trabalho com Exu e Pombagira.

A entidade Pomba Gira, como nós a conhecemos, é uma entidade de Umbanda, no entanto, está registrado no livro “As Religiões do Rio” de João do Rio, um livro de 1904, escrito antes de a Umbanda ser fundada, a entidade Pomba gira.

A Umbanda não inventou, não criou uma entidade Pombagira, ela se assentou na religião de Umbanda. O nome Pombagira tem algumas origens prováveis acredita-se que seja uma corruptela, uma contração, uma evolução do nome “Pambu Njila”. Pombu Njila é o nome de uma divindade Bantu que quer dizer “O Senhor dos Caminhos”, ali é uma divindade masculina.

Dentro da cultura Gegê, da cultura Bantu de Angola ou Congo e da cultura Nagô Yorubá, nós vemos nomes diferentes para Exu.

Exu é na cultura Bantu, Pambu Njila, Exu também aparece como Aluvaiá na cultura Bantu e aparece como Legbá, Legbara, Elebará, ELeba, Leba, Leguá, todos esses são nomes para identificar o Vodun que é a mesma divindade que o Orixá Exu, há um Trono que é o Trono da Vitalidade e do Vigor na cultura Nagô Yorubá é chamado de Orixá Exu, na cultura Gêge ele é chamado de Elebá, Elegbá, Legua, Leba e também é chamado de Aluvaiá na cultura Bantu e também há Pombu Njila.

De Pambu Njila a palavra foi se contraindo e Exu, a entidade de Umbanda, desde o começo da religião, se apresentou com uma companheira e essa companheira foi chamada de Bombogira, Pambogira, Pombogira e acabou se estabelecendo com o nome Pombagira. Embora muitas digam que não são pomba e não giram, esse é o nome mais popularmente conhecido, é o nome pelo qual elas se identificaram. Em alguns Terreiros elas são chamadas de Lebará “Vamos trabalhar com as Lebará” – Lebará também é um nome de Exu – então, o nome de Pombagira revela a sua relação com Exu, a sua proximidade com Exu.

Se fosse interpretar isso na Língua Portuguesa ou querer dar uma interpretação simbólica para Pombagira, nós diríamos que ela também é uma mensageira – que a pomba e os pombos são mensageiros, é uma pomba e não um pombo porque é feminino – ela é uma mensageira que faz as coisas acontecerem, faz as coisas girarem, Pombagira, o nome “gira”, de girar, nos faz lembrar uma mulher se movimentando, girando, dançando, isso também está ligado a Pombagira que é uma energia feminina, uma energia forte, uma energia envolvente daquela que faz par perfeito com Exu porque Exu é o vigor, a vitalidade e Pombagira é o estímulo e o desejo.

Não adianta você ter muito vigor e não ter desejo não saber o que fazer com esse vigor; não adianta você ter desejo e não ter vigor, não ter vitalidade pra realizar os seus desejos, por isso eles se completam e se complementam: Exu e Pombagira – vigor e vitalidade / estímulo e desejo – Agora, não caia no erro de dizer que Pombagira é  Exu feminino porque dizer que Pombagira é companheira de Exu é uma coisa, agora dizer que é Exu feminino é outra são coisas diferentes.

Assim como Logunan não é o Oxalá feminino é a mãe Logunan que faz par com Oxalá;, Oxum não é o Oxumaré feminino, é mãe Oxum que faz par com Oxumaré; Yansã não é Ogum de saia, não é o Ogum feminino, Yansã é a mãe que faz par com Ogum; Egunitá não é Xangô de saia, não é um Xangô feminino, Egunitá é a mãe que faz par com Xangô; Nanã Buroquê não é o Obaluayê feminino; Yemanjá não é o Omulu feminino, da mesma forma Pombagira não é Exu feminino.

Pombagira é Pombagira e ponto final. Companheira, parceira de Exu porque atua nos mesmos caminhos, nos caminhos a esquerda da Criação, a esquerda dos seres humanos, lida com as questões negativas, mas lida de forma diferente e complementar.

Exu é a força masculina a nossa esquerda, Pombagira é força feminina a nossa esquerda. Eles são guardiões de mistérios, Exu é guardião de mistério, Pombagira é guardiã de mistério.

Se as Pombagiras de Umbanda fazem par com os Exus de Umbanda, a entidade Pombagira faz par com a entidade Exu e a entidade Exu é amparada pelo Orixá Exu, a entidade Pombagira também é amparada por um Trono: o Trono dos Desejos e do Estímulo. Um Trono até então desconhecido quanto a Orixá na Umbanda e por falta de outro nome, para não inventar ou criar um nome, podemos chamar esse Trono, essa divindade de: Orixá Pombagira, nossa amada, querida, adorada, apaixonante Mãe Pombagira.

Tanto Exu, quanto Pombagira são pontos fortes e pontos fracos na Umbanda: ponto forte se a gente conhece; ponto fraco se a gente não conhece. Porque em torno de Exu e Pombagira existe muita polêmica, existe muito preconceito com relação a Exu e muito preconceito com relação a Pombagira porque as pessoas não conhecem, não sabem o que é Exu, não sabem o que é Pombagira e de ouvir falar, julgam que Exu seja o capeta, o tinhoso, o belzebu, que Exu seja ladrão, seja bandido e que Pombagira seja vulgar, seja uma mulher da vida, seja alguém de sexualidade fácil, entregue, isso não é Pombagira.

Confundem Pombagira com obsessor sexual, isso é outra coisa, as pessoas não sabem bem o que é Umbanda e criticam a Umbanda, não sabem o que é Exu e criticam Exu, não sabem o que é Pombagira e criticam, as pessoas acham que Umbanda é magia negra e falam mal da Umbanda como se fosse uma religião que pratica o mal, quando, na realidade, pratica o bem.

O preconceito com relação à Umbanda é projetado em Exu e Pombagira, até porque se Umbanda faz o mal, então justamente Exu e Pombagira devem estar à frente disso. Primeira coisa: Umbanda é religião, pratica única e exclusivamente o bem, Exu e Pombagira trabalham na Umbanda, se Umbanda só pratica o bem, Exu e Pombagira estão na Umbanda para praticar o bem, essa é a questão, estão pra ajudar, pra fazer o bem.

Fazer o bem implica em cortar o mal, desmanchar o mal, encaminhar o mal, anular o mal, desagregar a energia negativa, consumir a energia negativa, purificar a energia negativa, fazer o bem não nos isenta de lidar com o mal, mas com o mal alheio evitando que o mal alheio chegue, destrua, evitando que o mal alheio ataque, evitando a demanda alheia e o nosso mal, a maldade nossa interna porque ninguém é isento de maldade, ninguém é isento de sentimento negativo.

Exu e Pombagira também vão trabalhar os nossos sentimentos internos mal resolvidos. Exu não é trevas, mas ele desce nas trevas pra resolver os nossos problemas, Pombagira não é trevas, mas ela desce nas trevas pra resolver os nossos problemas. Exu e Pombagira formam um par. Há o Orixá Exu que sustenta toda a Esquerda da Umbanda por meio das entidades Exu e há um Orixá Pombagira, há um Trono de Deus chamado Trono Mahor que nas outras religiões tem outros nomes.

Na Umbanda esse Trono é o sustentador da linha de trabalho chamada Pombagira, agora para quem gosta de questionar, para os questionadores da mitologia Nagô Yorubá, também temos algo a dizer por que Orixá é o nome que se dá as divindades na cultura Nagô Yorubá, no Candomblé Ketu, no Candomblé que vem da cultura Nagô Yorubá se cultuam os Orixás, na África o culto de Nação da cultura Nagô cultua os Orixás.

A Umbanda tem liberdade porque a Umbanda é uma religião brasileira, não é uma religião africana, a Umbanda tem liberdade de cultuar Orixá ou de venerar um santo Católico ou um Anjo. A Umbanda tem liberdade de entender que aquilo que nós chamamos de divindades, por meio da linguagem da cultura Nagô Yorubá é identificado com o nome Orixá.

Toda e qualquer divindade que chegar à Umbanda conhecida ou desconhecida pode ser chamada de Orixá, porque esse é o nome que nós identificamos as divindades.

Na cultura Nagô Yorubá costuma-se dizer que há centenas de Orixás conhecidos e centenas de Orixás desconhecidos.

Quando alguém diz: “Olha, este é um Orixá”, quando uma entidade revela um Orixá, como Logunan, se diz: “Ah mas eu não conheço esse Orixá”, o fato de você não conhecer um Orixá, não quer dizer que ele não exista. “Mas esse Orixá não existe no Candomblé?”, o fato dele não existir no Candomblé não quer dizer que ele não existe na África. “Mas não temos nenhuma referência, não existe nenhuma lenda conhecida que esse Orixá tenha sido cultuado na África?”, há Orixás que já foram cultuados na África que seu culto desapareceu porque o culto de Orixá faz parte de uma cultura milenar em que muitos foram cultuados em épocas diferentes, o seu culto foi desaparecendo, a mesma coisa a gente vê no Egito.

No Egito houve épocas em que predominou o culto ao deus Athon, houve época em que predominou o culto ao deus Rah, houve época em que predominou o culto a este ou aquele deus, a mesma coisa na Índia.

Na cultura africana se afirma: existem centenas de Orixás, ninguém conhece todos. E há centenas de Orixás totalmente desconhecidos, Orixás desconhecidos são Orixás que não foram humanizados, Pombagira, o Orixá que nós desconhecemos o nome que é Mãe Mahor – o nome do Trono é Mahor – a sua feição como Orixá que nós desconhecemos o nome pra um Orixá que seja o Trono do desejo e do estímulo, nós desconhecemos.

Isso não quer dizer que esse Orixá nunca existiu na África e se ele nunca houvesse sido cultuado na África, ele existe entre aqueles Orixás desconhecidos, que não haviam sido revelados. Pombagira, esse Orixá que nós estamos chamando de Pombagira, com que direito nós chamamos esse Orixá de Pombagira? Com o mesmo direito que existe o Orixá Exu, nós pegamos o nome do Orixá Exu emprestado e demos o nome Exu para os nossos guardiões, espíritos humanos.

Nós chamamos de Exu espíritos humanos que militam na Umbanda como guardiões de mistério, por quê? Porque eles estão sob a força do Orixá Exu, mas não é o Orixá Exu, são entidades Exu. Com Pombagira nós fizemos o contrário, pegamos o nome das entidades Pombagiras que estão sob a força de um Orixá desconhecido, pegamos o nome Pombagira que é o nome da entidade e nomeamos o Orixá, identificamos o Orixá regente dos mistérios das entidades Pombagira, esse é o procedimento.

Parece que com Exu e Pombagira tudo é assim, quando ele protege o externo, ela protege o interno; quando ele é vigor e vitalidade, ela é estímulo e desejo, então um completa o outro, pegamos o nome do Orixá pra chamar a entidade, pegamos o nome da entidade para identificar o Orixá. Na cultura Nagô Yorubá o que mais se aproxima de Pombagira com relação a trabalhar uma força negativa, um mistério negativo são as temidas Yamin. As Yamin são chamadas de “mães feiticeiras”, elas são em quase tudo o contrário de Pombagira porque onde Pombagira é extrovertida, às vezes, debochada, solta, livre, onde Pombagira é sensual, as mães feiticeiras são fechadas, compenetradas, sérias, são velhas mães feiticeiras chamadas de Yamin.

Esse Orixá é desconhecido, mas está sendo revelado, é o Orixá que sustenta a linha de trabalho das Pombagiras na Umbanda, então de uma forma Umbandista, de uma forma didática, o mais certo, fácil e simples pra nós é identificá-la como Mãe Orixá Pombagira.

 Pombagira é o Orixá do desejo, do estímulo, vamos trazendo pra terra essa realidade, esse contexto. É a divindade do desejo, então quando se fala em desejo, a maioria das pessoas pensa no desejo sexual.

Vamos começar a destrinchar, a situar: desejo e estímulo, se preferir, desejo ou estímulo – extremamente importante para nós, desejo não é apenas algo sexual, o desejo é também o desejo pela fé, desejo de amor, desejo de conhecimento, desejo de justiça, desejo de lei, de evolução e de geração. O Trono é o Trono dos desejos, dos estímulos que vai trabalhar o seu desejo, o seu estímulo nos sete sentidos da vida. Se Exu é o vigor nos sete sentidos da vida, Pombagira é o estímulo nos sete sentidos da vida, ela vai estimular, ela também é tripolar.

Exu é representado no tridente quadrado que vitaliza, desvitaliza e neutraliza; Pombagira é representada pelo tridente redondo que estimula, desestimula e neutraliza as ações negativas no campo de todos os Orixás.

Há uma Mãe Maior: Orixá Pombagira, abaixo dela há sete Orixás Pombagiras Guardiãs Planetárias: Orixá Pombagira Guardiã dos Cristais, Orixá Pombagira Guardiã dos Minerais, Orixá Pombagira Guardiã dos Vegetais, Orixá Pombagira Guardiã do Fogo, do Ar, da Terra e da Água.

 Temos sete guardiãs Maiores, sete Orixás Pombagira Guardiã dos sete sentidos da vida e quatorze Pombagiras Guardiãs dos Mistérios dos quatorze Tronos de Deus, ou seja, orixá Pombagira Guardiã dos Mistérios de Oxalá, Orixá Pombagira Guardiã dos Mistérios de Logunan, Orixá Pombagira Guardiã dos Mistérios de: Oxum/ Oxóssi/ Obá/ Oxumaré/ Xangô/ Egunitá/ Yansã/ Ogum/ Obaluayê/ Nanã/ Yemanjá/ Omulu. Mãe Maior, sete Mães, quatorze Mães e abaixo delas as Pombagiras Naturais, Encantadas e as Pombagiras de Umbanda – espíritos humanos.

A ação de Pombagira é assim como a ação de Exu, uma ação tripolar, Exu atua com tridente quadrado, vitaliza, desvitaliza e neutraliza. Pombagira trabalha com tridente redondo, estimula, desestimula e neutraliza uma ação negativa, em qual campo? Em qualquer campo.

O desejo é universal, o estímulo é universal. Eu preciso querer, é preciso desejar acordar cedo pra ir trabalhar, é preciso desejar uma vida melhor pra você querer se tornar alguém melhor é preciso ter o desejo de ser alguém melhor, de ser legal, de ser bom, de fazer o bem, o desejo de fazer o bem pelo bem em si mesmo para que a gente seja conduzido a algo melhor, é preciso o desejo de crescer, de evoluir, então em todos os sentidos da vida é necessário que exista o desejo.

E não adianta eu ter o desejo de atravessar uma ponte e não ter força para caminhar, não adianta eu ter o desejo de construir uma casa e não ter força pra virar o cimento, não adianta eu ter o desejo de me tornar alguém melhor e não ter força pra vencer as minhas dificuldades internas, não adianta o desejo pela fé sem a força de concretizar a fé.

Não adianta desejo sem vitalidade, estímulo sem vigor, não adianta você querer fazer muitas coisas e isso não sair do campo das ideias, todo mundo conhece alguém que tem muitas ideias, muitas vontades e não concretiza nada, alguém que é cheio de vontade, cheio de desejo que está sempre falando e contando o que vai fazer e não faz nada, também há pessoas que tem muita força de realização para realizar o desejo dos outros, que não consegue realizar os próprios desejos, que pra trabalhar pra alguém ele é ótimo, mas pra trabalhar pra si mesmo não é bom.

Pombagira trabalha o desejo nos sete sentidos da vida, ela vai nos estimular as nossas virtudes e desestimular os nossos vícios, esse é o campo principal de Pombagira, estimular virtudes, desestimular os vícios, ela vai estimular e desenvolver o desejo pela fé, desestimular e tirar o desejo pelo fanatismo, pela ilusão.

É lógico que isso acontece ou por uma determinação da Lei Maior ou quando se pede, por exemplo, assim: “Pombagira minha Mãe, Pombagira minha querida, Pombagira amada, me ajude, me ampare e me guie, estimulando em mim a fé e a religiosidade, o amor e a alegria, o conhecimento e a expansão, a justiça e o equilíbrio, a ordem e a lei, a evolução e a constante mudança para o meu crescimento, a vida e a criatividade. E desestimule minha Mãe, desestimule leve embora o desejo e o estímulo pela ilusão e o fanatismo, pelo ódio e o ciúmes, pela ignorância e arrogância, pela injustiça e o julgamento alheio, pela desordem e as fraquezas, pela involução e pela paralisia, pela estagnação. Neutralize Pombagira em minha vida, todas as forças negativas no campo da fé, do amor, do conhecimento, justiça, lei, evolução e geração, neutralize em mim, me ajude, me ampare e me guie, neutralizando, cortando os meus vícios, os meus desequilíbrios”.

E se Exu trabalha o lado externo da Criação, se Exu é o Guardião do exterior, Pombagira é a Guardiã dos interiores, ela trabalha o lado interno de tudo na Criação, Pombagira não nos vê a partir do nosso lado externo, ela nos enxerga a partir do nosso lado interno, de quem somos nós além da aparência, além da forma, no nosso interno.

Por isso Pombagira é justamente o contrário daquilo que julgam que ela seja, porque o ser humano é muito julgador, o ser humano olha o lado externo das pessoas e julga que fulano é isso, que ciclano é aquilo, que beltrano é aquilo outro, pelo o que ele está vendo do lado externo. Pombagira nos vê pelo nosso lado interno, para ela o importante é quem você é no seu interno.

Não adianta ser bonitinho, apresentar-se como alguém bacana e lá dentro não ser, então o que importa pra Pombagira é quem você é no seu interno. E é isso que deveria nos importar com relação à Pombagira, quem é ela no interno. Aquela que nos estimula que trabalha em nós os desejos, Pombagira também trabalha em nós tudo aquilo que é interno, os nossos desejos, os nossos estímulos.

Se Oxum é amor, Pombagira é paixão, ela trabalha as nossas paixões. É a paixão que às vezes nos move, mas também a paixão nos leva a cometer erros terríveis porque você é apaixonado por determinada coisa ou pessoa e você não vai abrir mão da sua paixão. Porque a paixão também é apego, o amor é liberdade, o amor liberta a paixão segura, mas às vezes a paixão sempre vem antes do amor e às vezes é necessária a paixão pra te movimentar.

Pombagira trabalha as nossas paixões, os nossos desejos, os nossos estímulos. Pombagira trabalha com os fatores do estímulo e do desejo, trabalha com o fator energia de excitar, de extasiar, do prazer, da sensualidade, do seduzir e isso não é apenas de conotação sexual. Porque há uma excitação quando a gente conhece algo novo, quando estamos fazendo algo novo que nos envolve, que nos dá muito prazer, isso gera uma excitação e é campo de Pombagira.

Porque nós ficamos extasiados ao realizar algo que é bom pra nós em qualquer um dos sete sentidos da vida, este é o campo de Pombagira. Nós somos apaixonados pelo que mexe com o nosso ser, isto está no campo de Pombagira, no aspecto feminino, a sensualidade pertence à Pombagira, a arte de seduzir pertence à Pombagira, isso faz parte da vida, isso é importante pra vida, pedimos à Orixá Pombagira que nos estimule e esse estímulo traz ânimo e confiança pra realizar as coisas em qualquer um dos sete sentidos da vida. Saudamos Pombagira como “Laroyê Pombagira, Pombagira Mojubá” ou “Laroyê Pombagira, Pombagira Saravá”, qualquer uma das duas saudações.

Se eu posso me reportar ao Orixá Exu da mesma maneira que eu me reporto aos outros Orixás, com uma vela e uma reza, para o Orixá Pombagira também posso oferecer uma vela vermelha, uma taça de champanhe, uma rosa vermelha e uma cigarrilha, ofereço isso para Pombagira também do lado de fora ou na entrada porque ela guarda o lado interno, ela é guardiã do lado interno e essa guarda se faz no limiar, na porta, na entrada e ela faz par com Exu.

No mesmo lugar onde se faz firmeza de Exu, se faz firmeza de Pombagira, onde eu acendo uma vela pra Exu, acendo uma vela pra Pombagira. Exu trabalha nas cores vermelho preto e branco, acendo vela pra Exu branca ou acendo vela vermelha ou acendo vela preta ou uma vela preta pra Exu, uma vela vermelha pra Pombagira ou posso ainda acender em triângulo: uma vela branca em cima, uma vela vermelha na direita, uma preta na esquerda, dentro um copo de pinga pra Exu, uma taça de cidra pra Pombagira, um charuto para Exu, uma cigarrilha pra Pombagira, uma firmeza de Esquerda: serve pra Exu e pra Pombagira. Ou ainda uma única vela bicolor – metade preta, metade vermelha – eu ofereço para Exu e Pombagira, posso acender uma vela para o Orixá Exu, uma vela para o Orixá Pombagira.

Posso oferecer essa vela para o Orixá Exu em nome dele para os meus Exus – “meu” não quer dizer da minha propriedade, mas da minha relação, do meu relacionamento.

 Acendo uma vela para Orixá Pombagira ofereço para minha Pombagira, pedindo sempre que Exu vitalize minhas virtudes, desvitalize os vícios e neutraliza a ação negativa; que Pombagira estimule as minhas virtudes, desestimule os vícios e neutralize as ações negativas e que eu possa caminhar com o amparo de Exu e Pombagira aqui agora e sempre, em nome de Deus, da Lei Maior, da Justiça Divina sobre o amparo da Umbanda Sagrada.

Annapon

Texto baseado no curso de Teologia de Umbanda Sagrada – Desenvolvido por Rubens Saraceni – Ministrado por Alexandre Cumino –

Linhas de Trabalho de Umbanda – Guardiões/ Exu – Guardiãs/ Pombagira – Exu Mirim

Para que um espírito trabalhe como Exu, ele não precisa ser e nem deixar de ser um ser de luz.

Não se questiona se esse espírito tem ou não tem luz, se ele é ou não um iluminado para trabalhar como Exu.
Trabalhando como Exu na Umbanda há espíritos que tem mais ou menos luz.

No entanto, todos eles trabalham para a luz.

 Umbanda é luz. Umbanda é uma religião de amor, de caridade e Exu é guardião da religião de Umbanda.

 Se Umbanda é luz, Exu é guardião desta luz.

Na Umbanda se manifestam os Orixás, os Exus são guardiões dos mistérios dos Orixás, os Orixás são a luz. Exu é guardião dos mistérios dos Orixás, então eles são guardiões da luz, não importa se ele é um iluminado ou não, importa que ele trabalhe na lei, o que ele faz dentro de um Terreiro de Umbanda, é única e exclusivamente o bem.

 E aí não importa o questionamento que sempre entra de que o bem é relativo porque quando você ajuda uma pessoa a ganhar um emprego, pode ser que o outro perdeu o que tinha.

A questão é: você não ajuda o outro a perder o emprego, você está ajudando alguém a conseguir o emprego, muito embora, que fique bem claro, a Umbanda não é balcão de milagre e nem cabide de emprego, a função maior da Umbanda não é arrumar emprego, a função maior da Umbanda não é arrumar dinheiro, não é arrumar namorado, namorada, marido, nem tirar a mulher do outro ou marido da outra, isso não é função da Umbanda.

É função da Umbanda ajudar aqueles que procuram seus guias em busca de auxilio.

Dentro do Terreiro de Umbanda Exu só trabalha para o bem, o que quer dizer?

Que só atende pessoas que estão pedindo o seu próprio bem ou o bem do semelhante, quando alguém pede dentro do Terreiro de Umbanda pra prejudicar a vida de alguém, Exu tem que chegar junto e falar “Olha, aqui dentro a gente não faz isso, é um casa de luz, é uma religião, a Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade, aqui dentro não se prejudica ninguém”, Exu não se presta a prejudicar o próximo, a energia de Exu é a energia do Orixá Exu que é a energia do vigor, da vitalidade.

Exu é a Esquerda da Umbanda, ele trabalha a nossa energia a Esquerda, a energia emocional, a energia do nosso inconsciente, Exu trabalha a nossa sombra trabalha nossas trevas interiores, Exu trabalha as nossas dificuldades, Exu nos ajuda a entender onde a gente pode melhorar, Exu nos ajuda a vencer os nossos vícios, a termos maior clareza com aquilo que nos prejudica.

Ele é guardião do mistério dos Orixás, Exu é guardião assentado à Esquerda dos Orixás, Exu faz a guarda da Umbanda, ele não é trevas, mas ele desce nas trevas, alguém tem que descer. Se um dia nós cairmos nas trevas, quem vai buscar a gente? Qual é a maior caridade? Ajudar quem já está pronto pra ir para a luz ou ajudar quem está lá embaixo nas trevas em sofrimento? Essa é a maior caridade. O que é mais difícil para o ser humano? É a mãe ou o pai que vai buscar o filho ou vai encontrá-lo na porta da faculdade, que vai encontrá-lo na porta do seu emprego? É o pai e a mãe que vai visitar o filho na sua casa, no seu lar? Qual é a maior dificuldade? Ou é a mãe que vai visitar um filho que está numa cadeia? Porque errou. Onde é necessário mais amor? É fácil amar quem só te dá alegria, é muito fácil.

Com relação aquele que erra e está errando também é necessária uma mão firme, uma mão enérgica.
Quantos de nós erramos por que na infância não tiveram o pulso firme de um pai ou de uma mãe, que dissesse com firmeza “Assim não é correto”, “Dessa maneira não é bom, isso que você está fazendo vai prejudicar você mesmo no futuro”, “Tudo o que você faz, volta pra você” e com firmeza pra chamar a atenção, pra por de castigo, se necessário pra dar um corretivo de alguma maneira que seja – no caso de uma criança não para machucar, mas para orientar – agora, no caso de um adulto aquela criança que o pai não chamou a atenção porque não queria que ele chorasse o pai não foi duro, não foi enérgico porque ficou com dó da criança, a vida machuca você mais ainda depois de crescido se você fica um adulto mimado porque não foi uma criança educada, só que você não trata um adulto igual a uma criança.

Exu não é trevas, mas ele desce nas trevas, ele não pode descer nas trevas sem uma atitude firme, enérgica, direta, essa é a postura de Exu é também a guarda de um soldado, de um guardião, daquele que está fazendo a sua guarda, então se está fazendo a sua guarda é com relação a quê?

Com relação às trevas, com relação ao que pode lhe machucar, ao que pode lhe ferir, o que pode lhe agredir, ele tem que estar pronto e preparado pra lidar com isso, ele precisa ser o forte, estar armado com recursos de proteção, de força, e se é necessário vai ao ataque para proteger, essa é postura de Exu na Umbanda.

Exu é guardião e ao mesmo tempo é um Guia espiritual, Exu também é orientador,  Exu é irmão, mestre, pai, amigo, meu melhor amigo.

Exu que incorpora é espírito humano, já encarnou várias vezes, vai encarnar outras vezes ainda ou não.

Existe Exu que é um espírito de luz?

Sim. Lógico que sim.

“Ah, mas como é que um ser de luz desce nas trevas?”.

 Ele rebaixa sua vibração, encobre sua luz.

 Tem Exu que é espírito de muita luz e usa recursos pra descer nas trevas sem que a sua luz seja percebida.
Quando Exu é chamado no terreiro para trabalhar, quem incorpora?

 O seu Exu de trabalho, todo médium tem três Exus que são muito presentes e muito atuantes na sua vida: um Exu de trabalho, um Exu natural e um Exu guardião e muito mais, muitos outros mais que atuam de uma forma mais passiva na vida do médium.

Esses três, acima citados, são muito presentes e dos três existe um que é o mais atuante, é o Exu que assume o trabalho braçal, que atua de uma forma operacional porque ele incorpora e incorporar dá muito trabalho, é um trabalho braçal. Até porque, às vezes, você nem tomou seu banho de erva, nem deixou a vela do Anjo da Guarda acesa, está cheio de carga, de energia ruim, às vezes, a entidade vai incorporar em você e quando você não está bem ele fica te limpando, te descarregando antes de poder começar o trabalho dele e a energia dele é sempre boa porque ele é um Guia espiritual.

Incorporar é um trabalho braçal, por isso, o nosso Exu de trabalho é o mais atuante, chama-se Exu de trabalho, pois tem o maior campo de atuação por meio do seu Orixá de Juntó.

Temos um Exu de trabalho que atua no campo do nosso Orixá de Junto, temos também um Exu guardião. Quem é o Exu guardião? O nosso Exu guardião é uma entidade que é um espírito humano também, mas que raramente incorpora. Porque o trabalho do Exu guardião é um trabalho muito mais mental. O Exu guardião é um mentor que coordena toda sua esquerda de Exu.

Quando você abre um Terreiro, geralmente o guardião se apresenta para que faça o assentamento no nome dele, o teu Exu de trabalho sabe quem é o seu Exu guardião.

 No dia-a-dia de Terreiro pra chamar o guardião você faz um trabalho específico de chamada do guardião porque o Exu guardião do médium não costuma dar consulta.

Nota: Exemplificando, no meu caso pessoal, isto aconteceu de forma espontânea, ou seja, antes do curso de Teologia de Umbanda Sagrada, onde pude encontrar as explicações acima, num determinado momento de minha jornada espiritual, se apresentou para o trabalho outro Exu que não aquele ao qual eu já me havia habituado e “tomado” como “meu” Exu, que atuava em minha vida, desde a adolescência, de forma realmente mais sutil, mental, como um bom guardião. Estranhei a presença do outro, porém, segui adiante na certeza que tudo estava bem e como deveria estar mesmo porque eu continuava sentindo o “meu” Exu e percebia que era com seu consentimento que o outro vinha trabalhar, portanto, tudo estava bem. Depois, no decorrer deste abençoado curso, me deparei com esta fantástica e esclarecedora explicação que, sinceramente espero que a muitos alcance ajudando para uma maior compreensão desse Universo Maravilhoso.
Annapon

Todo Exu é um guardião, mas existe aquele que é O guardião, o Exu de trabalho e O Exu natural, mas todos os Exus são guardiões.

Existe um, porém, que é o meu guardião, é o Exu mentor.
Nós estamos adotando essa nomenclatura de: O guardião que é o Exu mentor da minha Esquerda que atua no campo do meu Orixá Ancestral. Nós temos: um Orixá Ancestral Dominante que é a força do chakra da coroa temos um Orixá de Frente que lida e rege os aspectos da Direita e um Orixá de Juntó que lida e rege os aspectos da Esquerda, então o nosso Exu de trabalho lida com os aspectos do nosso Orixá de Juntó, o nosso Exu guardião lida com os aspectos do nosso Orixá Ancestre.

Quem é o Exu natural?

 É um natural da dimensão de Exu, um natural é um ser que nunca encarnou que não é humano, nós temos um ser natural da realidade de Exu que nos acompanha. Porque você tem um natural de Ogum que quando é incorporação do Orixá de Ogum, esse natural incorpora. Você tem uma natural de Yemanjá que é a sua Yemanjá, uma natural de Oxum é a sua Oxum, um natural de Obaluayê é o seu Obalauyê e tem um natural Exu que não incorpora porque na Umbanda nós não fazemos chamada da incorporação pra Orixá Exu.

Mas, você tem um natural de Exu que lhe acompanha, esse natural está na força do seu Orixá de Frente. Agora, calma e paciência, vamos lá, o seu Orixá de Frente é Xangô e o seu Orixá de Juntó é Yemanjá, então se o seu Juntó é Yemanjá quer dizer que o seu Exu de trabalho atua no campo de Yemanjá e aí você me diz: “Pois é, o meu Juntó é Yemanjá, mas o meu Exu é Tranca Rua, está errado?”. Não. O que nós estamos dizendo é: que mesmo que seja um Tranca Rua ele vai encontrar no campo de Yemanjá mais ferramentas e maior campo de atuação para ele lidar com os aspectos negativos da sua vida e ele vai atuar a partir do campo de Yemanjá e ele pode ser um Tranca Rua dos Mares, Tranca Rua das Marés, Tranca Rua das Ondas, Tranca Rua da Geração, então, isso é importante entender, Tranca Rua das Águas, sem falar do Tranca Mata, do Tranca Gira, do Tranca Mar, do Tranca Vento, do Tranca Montanha porque é só o Tranca Rua é conhecido, mas você tem Tranca tudo de tudo, não é?

Se o teu Juntó é Ogum não necessariamente o nome do teu Exu tem que ser um Tranca Rua ou um Tranca Caminho ou um Trinca Ferro ou um Trinca Fogo, não. O teu Juntó é Ogum, tudo bem. “Ah, mas o meu Exu é Marabô”, Marabô é de Oxóssi. Pois é, mas se ele for Marabô dos Caminhos, você não sabe você só sabe que ele é Marabô.

O teu Exu de trabalho encontra no teu Orixá de Juntó campo de atuação, por quê? Porque o meu Juntó é o meu emocional - emocional aqui não estou falando de questão afetiva – estou dizendo que: emocional é o campo do nosso ser onde estão as coisas mal resolvidas porque quando você atua de uma forma desequilibrada, quando você responde de uma forma desequilibrada, você não está sendo racional, você está sendo emocional.

Quando você sai da sua razão, você está na sua emoção. Quando você se desequilibra e age de uma forma que você não queria, você está agindo de uma forma emocional. Exu trabalha principalmente esse campo na nossa vida, o campo da nossa sombra, dos nossos medos, dos nossos traumas, dos nossos vícios, ali atua Exu e o Exu de trabalho é o Exu mais presente, então como ele é o mais presente, ele vai encontrar mais campo de atuação a partir do meu emocional, da minha Esquerda, da minha sombra, do meu inconsciente que é tudo isso regido pelo meu Orixá de Juntó.

Agora, há vezes que você dá passagem para outros Exus, então, esses outros são Exus auxiliares do seu Exu de trabalho. Porque ninguém trabalha sozinho, o teu Exu de trabalho trabalha acompanhado com muitos outros Exus e as entidades que incorporam na gente são entidades que são ativas na nossa mediunidade, mas nós temos um monte de outras entidades que são passivos no nosso campo mediúnico e nos acompanham.

Todos nós somos regidos por quatorze Orixás, todos nós somos filhos dos quatorze Orixás, para cada um de nós tem quatorze naturais na força dos quatorze Orixás que nos acompanham e todos nós temos: um Exu na força de cada um dos quatorze Orixás, cada um de nós tem – além desses três – nós temos mais quatorze Exus: um na força e no campo dos quatorze Orixás, então nós temos além do Exu que trabalha com a gente na lida do Exu de trabalho, nós temos um Exu de Oxalá e um Exu de Logunan, um Exu de Oxum e um Exu de Oxumaré, um Exu de Oxóssi, um Exu de Obá, um Exu de Xangô e um Exu de Oro Iná/ Egunitá, um Exu de Ogum, um Exu de Yansã, um de Obaluayê, um Exu de Nanã, um Exu de Yemanjá e um Exu de Omulu.

Nós temos quatorze Exus, geralmente um deles é o nosso Exu de trabalho, pode ser que um deles seja o nosso Exu guardião e é certo que, então às vezes incluindo ou não, nosso Exu de Trabalho, nosso Exu guardião, nós temos quatorzes, mas que no dia-a-dia, no trabalho braçal, operacional, quem toma frente é o Exu de trabalho, Laroyê Exu, Exu é Mojubá – Exu é ponto forte e ponto fraco na Umbanda, conheça Exu e o tenha como seu melhor amigo, seu guardião e ponto forte na sua vida, na Umbanda e nos seus trabalhos. Se você o desconhece, ele é ponto fraco porque é ali na força dele que você está vulnerável.

A exemplo de Exu temos também uma Pombagira de trabalho, uma Pombagira guardiã, uma Pombagira natural, se chamar Pombagira em Terra pra trabalhar, quem incorpora é sua Pombagira de trabalho e você tem uma Pombagira guardiã que também é uma mentora da sua Esquerda no campo de Pombagira que raramente incorpora e temos uma Pombagira natural e é a mesma relação, a guardiã traz uma relação com o Orixá Ancestre, a Pombagira de trabalho traz uma relação com Orixá de Juntó e a Pombagira natural traz uma relação com o Orixá de Frente.

Quem é a Pombagira?

São espíritos humanos que incorporam na gente e trabalham a força, o poder e o mistério do Orixá Pombagira.

O Orixá Pombagira está no campo do estímulo e do desejo, é desejo nos sete sentidos da vida e ao contrário do que muitas pessoas colocam como se Pombagira trabalhasse apenas questões afetivas e apenas o desejo sexual, não é isso. Pombagira trabalha o desejo em todos os sentidos da vida, ela trabalha o estímulo e ela trabalha também o que a gente sente no nosso íntimo, no interior, ela olha para nosso interior, ela trabalha essas forças relacionadas ao desejo, também ao êxtase, ao prazer, em todos os sentidos da vida.

Pombagira traz para nossa vida essa força de prazer, de desejo de estímulo que é muito mais vida para nossa vida e ali ela faz um par com Exu, é como a “fome e a vontade de comer”, porque Pombagira traz o desejo, mas não traz a força para realizá-lo, Exu traz a força, mas não traz os desejos para que essa força seja direcionada, ela traz o desejo, ela traz a força, eles formam um par e se polarizam Exu e Pombagira.

Nós temos uma mãe Maior Orixá Pombagira e nós temos quatorze Orixás Pombagiras Menores ou Intermediárias que são as Pombagiras Guardiãs dos Mistérios dos Orixás. Da mesma forma que Exu, temos Orixá Exu e sete Exus que são sete Guardiões Planetários e os quatorze Exus Guardiões dos Mistérios dos Orixás.

Nós não incorporamos esses Orixás, não se incorpora Orixá Maior, você não
incorpora os Sete Orixás, você não incorpora os quatorze que é o Guardião Planetário, a Pombagira Guardiã Planetária dos Mistérios de Oxalá, o Exu Planetário Guardião dos Mistérios de Oxalá. Então, quem eu incorporo? A minha Pombagira de trabalho. Quem mais me acompanha? Minha Pombagira guardiã que raramente incorpora, que é uma mentora, a minha Pombagira natural que nunca encarnou.

Uma natural de Pombagira vive numa realidade paralela a nossa, que não é uma realidade humana, imagine outro mundo, nesse outro mundo que não é humano, não existem os pudores humanos, não existe Catolicismo não existem religiões porque nessa realidade os seres naturais conseguem ver as divindades, cultuá-las de forma direta sem intermediário, sem dogma, sem doutrina, de uma forma direta, numa realidade sem pudores, aquela imagem eu acho isso importante dizer, aquela imagem de Pombagira nua e vermelha não é imagem da Pombagira espírito humano que incorpora em mim, mas é a imagem de um ser natural que vive numa realidade onde não se usa roupa.

Se eu olho para uma índia nua, isso não é algo natural? Porque não se usa roupa naquela tribo, se eu vejo a foto de uma Africana, de um Africano de uma tribo nu, não é natural? Então, em algumas realidades paralelas, isso é o natural e há seres naturais que não usam roupa e há ser natural de Pombagira que não usa roupa, mas também não incorpora pra trabalhar na Umbanda porque não é espírito humano, mas um ou outro pela clarividência vê e não entende e aí julga a partir do seu olhar preconceituoso o que deve ser aquilo, porque julga a partir dos seus desequilíbrios sexuais, emocionais, julga a partir do seu preconceito, julga a partir dos seus desejos frustrados com relação ao sexo oposto que não pode ver uma mulher nua que já acha que aquilo é um objeto de alguma coisa que está ali pra perverter, pra desequilibrar porque não consegue ver com naturalidade um corpo humano que é o que é: um corpo humano, ali não é humano porque não encarnou, mas é um corpo de um ser natural, então, existe sim, e que não se faça confusão.

Para nós, que estudamos a religião, temos que entender essas suas facetas, porém, não devemos esperar que o leigo entenda.

É claro que não vou colocar uma imagem de uma Pombagira nua e vermelha na porta do Terreiro porque o consulente que chega não é Umbandista, não estudou Teologia, ele não sabe o que é isso, ele olha aquela imagem e realmente ele pensa bobagem, ele acha que, se na porta já tem uma estátua de uma mulher nua, vermelha, lá dentro em algum momento também deve ter mulher nua pintada de vermelho, a imaginação vai longe e a realidade não é o que se vê, portanto, melhor entender, conhecer e não expor ao leigo o que se conhece a partir de muito estudo e mente aberta.

Não vamos confundir as coisas, não é porque um ser natural vive numa realidade que não tem roupa que eu vou colocar uma imagem enorme dessa maneira porque as pessoas não vão entender. Mas, é bom que a gente entenda de onde vem tal imagem.

Eu não colocaria na porta do Terreiro uma estátua enorme de Exu com dois chifres, um rabo enorme porque quem chega não vai entender. Mas às vezes quando Exu desce numa área, numa região trevosa, ele pode plasmar essa forma, faz parte de seu trabalho e compreender isso requer estudo, analise.
Conhecemos um espírito pela sua vibração e não pela sua forma, pois a vibração se sente e a forma, muitas vezes, engana.

A forma é uma opção, ele não está preso nessa imagem, mas ele pode plasmar essa forma se ele quiser.

Pombagira existe na força de todos os Orixás, tem Pombagira de Ogum, tem Pombagira de Yansã, tem Pombagira de Oxóssi, Pombagira de Xangô e tem Pombagira de Oxum, a Pombagira, a entidade Pombagira, pode ser sensual que não tem problema algum, ela não deve ser vulgar. Há uma diferença entre uma entidade ter uma energia sensual, ela rebolar, ela se movimentar porque ela tem uma energia movimentadora, ela tem uma energia sensual e a sensualidade movimenta a vida.

O amor, a paixão é algo sensual, ela trabalha essa energia na nossa vida, não é ótimo estar apaixonado? Não é ótimo amar com paixão? E ao longo dos anos fazer com que o amor seja maior do que a paixão? Mas viver a paixão faz parte do processo de crescimento? De desenvolvimento? De autoconhecimento do ser? De relacionar-se com o outro?

Pombagira trabalha as paixões, o desejo, nos ajuda a lidar com os nossos desejos, com as nossas paixões, com os nossos amores. Mas, não pra pegar o marido da outra, não para destruir um relacionamento, Pombagira está na Umbanda para o bem, para fazer o bem. “Ah o que ela foi na outra vida? O que Pombagira foi na outra vida?” e você sabe o que você foi na outra vida? Alguém sabe? Quem de nós nunca fez algo numa outra vida ao qual se envergonharia? Ou nessa vida mesmo?

O que ela foi na outra vida não importa, importa é o que ela é agora, ela Pombagira de Umbanda, entidade que merece respeito, que caminha de cabeça erguida. Pombagira ajuda sim e muito a mulher, ajuda muito o homem também, mas, ajuda muito mais a mulher a caminhar de cabeça erguida, a se dar valor.

Em alguns lugares ainda existe uma repressão ao feminino, famílias, sociedades e culturas machistas e a Pombagira entrou sim pra ajudar a libertar a mulher dessa repressão, ajudar o homem a lidar com o feminino e homem incorpora Pombagira sim, claro que incorpora Pombagira, não fica afeminado porque incorpora Pombagira, se fica afeminado é porque isso já estava dentro e precisava ser trabalhado, que estava mal trabalhado porque Pombagira traz pra fora o que está reprimido.

Exu também traz pra fora o que está reprimido, uma mulher que incorpora Exu  não vai virar uma mulher masculinizada, assim como um homem que incorpora Pombagira não vai ficar afeminado. Agora, Pombagira não incorpora pra fazer show, não incorpora pra fazer teatro, incorpora pra ajudar o próximo, essa é a questão, essa é a diferença.

Temos uma Pombagira Guardiã, uma Pombagira de trabalho, uma Pombagira natural e temos quatorze Pombagiras que não são as guardiãs dos Orixás, são as quatorze Pombagiras que me acompanham na força dos quatorze Orixás que também não incorporam toda hora, mas se fizer um trabalho para elas incorporarem isso acontece num trabalho específico, um trabalho de forma passiva, não são operacionais como a Pombagira de trabalho que está ali na lida, incorporando, trabalhando incorporada.

Uma grande dificuldade da Umbanda hoje é desmitificar Pombagira, desmitificar Exu.

Pombagira é nossa guardiã, é entidade que nos ama e que merece o nosso respeito. Todos os nossos Guias nos amam, a gente precisa aprender e lidar com eles precisamos aprender a lidar com quem a gente ama e essas entidades muita gente pensa: “Ah o Exu trabalha comigo, a Pombagira trabalha comigo porque eles tem dívida pra pagar”, mas tudo bem, “Ele tem dívida pra pagar, mas podia trabalhar com qualquer um por que ele está trabalhando comigo?”. Porque tem alguma ligação com você, não é? E essa ligação na maioria das vezes é uma ligação de amor, de carinho, de afeto. “Ah por que esse Exu ele trabalha comigo por que na outra vida foi meu inimigo”, mas espera aí, na outra ele foi teu inimigo e na outra? E na outra? E na outra? E na outra? Não é uma ligação à toa, na outra ele foi teu inimigo, vai ver que na outra ele foi teu pai, na outra ele foi teu filho e agora estão os dois descobrindo esse amor, essa ligação tão especial entre os seres que tem afinidade porque até o desamor é uma afinidade, só não há afinidade quando você olha pra alguém e não tem sentimento nenhum.

 Se tiver amor ou desamor, se você sente alguma coisa tem afinidade, tem uma ligação, estamos aqui descobrindo o amor que nutre a relação entre nós e nossos guias espirituais.

A entidade Exu Mirim não é espírito humano.

Exu Mirim é infantil, ele não é uma criança que desencarnou Exu Mirim não é o trombadinha “Ah, mas você incorporou Exu Mirim e ele contou uma história, ele contou que quando ele era criança, ele era trombadinha, ele era ladrãozinho, furava pneu de carro, se drogava, ficava na rua, por que ele contou essa história?”, porque ele está cansado de todo mundo perguntando: “Quem é você? De onde você veio? Onde você viveu?”, como é que ele vai explicar que ele não é humano? Que ele veio de outro mundo, de outra realidade que nem um ser natural ele não é.

 Exu Mirim ou é um ser encantando ou um ser dual, é um ser de outra realidade, de outro mundo, não é um ser natural e não vai encarnar. Por que quem em sã consciência vai dar pra uma criança cigarro numa mão e pinga com mel na outra?

Nossos Guias estão pervertendo as crianças? Trazendo-as, chamando pra fumar e beber? Exu Mirim fuma e bebe, porque ele vem de outra realidade que em comparação com a nossa, a realidade de Exu Mirim é negativa, então Exu Mirim às vezes se alimenta de energia negativa, Exu Mirim entra onde espírito humano não entra, faz o que muito Exu não faz, põe a mão onde muita gente não quer por porque ele não é humano, ele é um ser que trabalha uma energia forte e pura, pura na sua pureza – não no sentido de que isso é puro porque é de luz, a gente tem uma pieguice, um apego tremendo ao que é da luz, ao que é a humildade, ao que é disso, daquilo - ele é o que ele é e ponto final, é uma entidade que trabalha uma força diferente.

Quando Exu Mirim tem um comportamento negativo, quando Exu Mirim se comporta falando um exagero de palavrões, quando Exu Mirim incorpora e falta com o respeito, ele aprendeu isso com alguém em algum lugar porque de onde ele vem não tem isso, da realidade que ele vem não tem palavrão, da realidade que ele vem não tem desrespeito porque lá todos se relacionam em hierarquia.

Ele usa o vocabulário do médium, usa as coisas que estão no inconsciente do médium, usa as frustrações do médium e põe pra fora, como resolver isso?

Todos os Exus Mirins costumam admirar os Exus de trabalho do Terreiro, existe uma admiração é comum que os Exus assumam a doutrinação dos Exus Mirins e o trabalho de Exu Mirim é um trabalho que só dele estar incorporado ele está ajudando a descomplicar a sua vida porque o grande campo de Exu Mirim é esse: descomplicador, ele atua descomplicando e atua no campo das intenções.

Ele logo já vai percebendo quem é mal intencionado, não importa o que você fale, importa o que são as suas intenções, Exu Mirim está sempre de olho nas suas intenções pra ver se ele ajuda você a descomplicar o seu caminho ou se o seu caminho vai continuar do jeito que está: complicado.

 Essa é a função de Exu Mirim na nossa vida, essa é a nossa relação com Exu Mirim. A gente tem um Exu Mirim, ele não é como Exu e Pombagira que tem guardião natural ou de trabalho porque ele não é um espírito humano, então, a gente tem um Exu Mirim. “Cada um só tem um único Exu Mirim?”, pode ser que tenha outros Exus Mirins de forma passiva e que podem incorporar como Exu Mirim auxiliar, mas geralmente a gente tem um Exu Mirim que é o que assume o trabalho.

Exu trabalha com velas pretas, com velas pretas e vermelhas, com velas pretas, vermelhas e brancas ou com velas vermelhas. Pombagira trabalha com vela vermelha ou com vela vermelha e preta. E Exu Mirim trabalha de vela bicolor, trabalha com vela metade vermelha, metade preta, com guias bicolores. Exu Mirim bebe pinga com mel, a gente oferece pra ele uma cigarrilha, pode-se fazer oferenda, na firmeza de Exu Mirim você coloca vela bicolor, um copo ou uma quartinha com pinga e mel e um brinquedo.

 Na Umbanda tem magia, na Umbanda tem Orixá, na Umbanda tem rito, na Umbanda tem ritual, tem altar, tem tronqueira, tem Templo, tem relação sacerdotal, tem casamento, tem batizado, a Umbanda tem tudo àquilo que tem uma grande religião organizada e a Umbanda não trabalha apenas com espíritos humanos.

Na Umbanda nós trabalhamos com seres naturais que são os Orixás que incorporam, trabalhamos com seres encantados que são boa parte das crianças da Direita e a totalidade dos Exu Mirim são encantados ou seres elementais, duais, não importa, não são humanos. E junto de Exu Mirim também há a Pombagira Mirim e, se pouco nós sabemos sobre Exu Mirim e que desse pouco nós sabemos que Exu Mirim trabalha sobre o mistério do Cosmo da Gênese, na Cosmologia chamado Nada, sobre Pombagira Mirim nem o nada a gente sabe, não sabemos absolutamente nada sobre Pombagira Mirim.

O que sabemos hoje sobre Pombagira Mirim não é nada além de dizer: que não são humanos, que formam par com Exu Mirim, mas não conhecemos ainda a fundo, nem no raso, o mistério Pombagira Mirim. O pouco que a gente sabe sobre Exu Mirim de fundamento Teológico, de conhecimento, de informação, de mistério, do fator – o que a gente sabe de Exu Mirim, a gente sabe por meio do único livro publicado sobre Exu Mirim chama-se: Orixá Exu Mirim, do Rubens Saraceni, editora Madras, é a única coisa que a gente sabe teoricamente, de embasamento, fundamento do mistério Exu Mirim e Pombagira Mirim não tem ainda mais informação e nem embasamento, nem fundamento, assim como outras linhas de Umbanda que no futuro vão se apresentar.

Estamos ainda em processo de conhecimento. É lógico que na prática a gente já trabalhava com Exu Mirim antes de ter essas informações, já existe um trabalho feito com Pombagira Mirim, mas não existe uma fundamentação ainda, nós não conhecemos a fundo, pouca coisa se sabe sobre Pombagira Mirim, sabemos que elas existem que elas se manifestam e que numa Gira de Exu Mirim pode estar presente Pombagiras Mirins. E que Exu Mirim vem na força de todos os Orixás, os nomes de Exu Mirim costumam ser os nomes dos Exus no diminutivo, então, temos Exu Capa Preta, Exu Mirim Capinha, Exu Brasa, Exu Mirim Brasinha, Exu Calunga, Exu Mirim Calunguinha, Exu Caveira, Exu Mirim Caveirinha, Exu da Porteira, Exu Mirim Porteirinha.

 Pombagira Mirim a mesma coisa, tem Padilha, Padilhinha, Sete Saias, Pombagira Mirim Sainha, Pombagira da Praia, Pombagira Mirim da Prainha, Mariazinha, são os nomes no diminutivo.

O que a gente sabe é: eles podem ajudar, ajudam muito e fazem diferença no trabalho da Umbanda. Se há alguma dificuldade de doutrina chame um Exu, sempre há no Terreiro um Exu que é mais falante, que gosta de doutrinar, de orientar, o chame que ele com certeza toma a frente dessa orientação.

Annapon

(Texto baseado no Curso de Teologia de Umbanda Sagrada – Desenvolvido por Rubens Saraceni – Ministrado por Alexandre Cumino)