quarta-feira, 30 de maio de 2018

FAROFA VERMELHA PARA POMBAGIRA

Você vai precisar de:
  • farinha de mandioca grossa e crua
  • groselha
  • 7 maçãs vermelhas
  • 7 rosas vermelhas
  • 1 alguidar
  • 1 quartinha de barro com asas
  • 1 garrafa de champagne branco
  • 1 maço de cigarros longos
Preparo:
Coloque a farinha de mandioca no alguidar, vá acrescentado groselha e misturando com as mão até obter uma farofa fofa e avermelhada.
Pique 4 maçãs, com a casca, e misture a farofa. Use as outras maçãs para enfeitar junto com as rosas.
Regue com groselha.

Falando de Exú Mulambo e de Pombo Gira Maria Mulambo




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Em uma escura noite de inverno,
no caminho que eu seguia,
buscando um reino eterno,
encontrei o meu Guia.

Ao seu lado uma mulher bela,
que nas mãos trazia a luz,
nas cores da aquarela,
mostrando o caminho que me conduz.

Como Senhor Exú Mulambo ele se apresentou,
me abraçando como se abraça um irmão,
o nome dela era Maria Mulambo como assim demonstrou,
Exú e Pombo Gira que acalentaram meu coração.
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    A história conta que Senhor Exú Mulambo e Dona Maria Mulambo eram irmãos gêmeos nascidos nos meados do século XIII, provindos de uma família humilde que vivia na região noroeste da Inglaterra. Eram caçulas de um grupo de 11 irmãos, e foram separados desses irmãos por serem gêmeos.

    Nessa época alguns líderes religiosos importantes ligados aos nobres e a grandes fazendeiros, pregavam que crianças gêmeas eram a demonstração do mal na terra, que ao nascerem essas crianças estavam ligadas a feitiçarias e bruxarias, e deveriam ser mortas, queimadas ou afogadas nos grandes rios, para que esse mal não crescesse diante do povo humilde.

    Ao nascerem os gêmeos, seus pais ficaram desesperados, tinham receio de que esses líderes descobrissem que naquela gestação tão esperada surgiriam um lindo casal de gêmeos, e certamente seriam assassinados em nome da falsa pregação demoníaca inventada pelos religiosos atormentados pelas suas próprias mentiras, que se prolongavam e iam criando vida.

    No desespero o pai dos gêmeos os esconderam em uma caverna próxima dali juntamente com a sua esposa, afim de deixá-los em segurança. A partir dai espalhou a notícia de que a criança que nascera não suportou o parto, e desencarnou ao nascer.

    Foi uma comoção na região, pois a família era muito querida pelos trabalhadores rurais que ali sobreviviam.

    O pai dos gêmeos também disse que sua esposa se encontrava muito fraca, e que teria que buscar forças nos ares montanheses, e assim conseguiu omitir o nascimento dos gêmeos.

    Essa omissão ficou fora do conhecimento dos líderes religiosos por dez anos. Mas infelizmente algo de inesperado aconteceu.

    Certa tarde os irmãos gêmeos brincavam fora da caverna, e começaram a cogitar novas aventuras, indo até o pequeno arraial onde nasceram. E lá não deixaram de ser notados pela grandiosa semelhança entre ambos.

    O povo um tanto assustado os observavam muitos se afastavam pelo receio de estarem indo ao encontro de seres das trevas, pois por dezenas e dezenas de anos os líderes religiosos pregavam o mal que supostamente vinha de pessoas gêmeas.

    O falatório se espalhou entre todos, e as notícias chegaram até os grandes líderes religiosos, que estupefatos não acreditavam que poderiam ter deixados esses seres demoníacos, isso na visão deles claro, chegarem ao ponto de crescerem e se aventurarem por entre as pessoas da região.

    Foi um alvoroço enorme, todos cogitavam estar sendo atacados por feitiçarias, os líderes saíram em busca dos irmãos gêmeos, até que os encontraram inocentemente brincando pela cidade.

    De uma forma abrupta os capturaram, e os levaram presos até o mosteiro no qual esses líderes viviam. Lá foram apresentados ao grande supremo da religiosidade da época e local, e rapidamente foram jogados em um pequeno calabouço.

    Sem entenderem os fatos reais, as crianças choravam de pavor da situação, e nesse local que tiveram a primeira experiência espiritualista.

    No teor do pavor, na escuridão do calabouço, no desespero das lágrimas perdidas, diante das crianças surge uma linda imagem de um homem, forte e com a serenidade nos olhos, dizendo-lhes assim:

    "Não temam, logo estarão livres. E assim que a liberdade vier vocês partirão para uma nova vida, vida essa que estará cheia de prata e ouro. Porém, o tempo vai mostrar dois caminhos a vocês. O primeiro caminho será da caridade, do amor e da paz. O segundo caminho será de ostentação, prepotência e desamor. O livre arbítrio de vocês é que responderá por um terceiro caminho, no qual vão receber de acordo com o que for escolhido.

    Reflitam bem sobre essas palavras, pois a escolha será difícil, sofrerão pelo frio, fome e dor, mas poderão não sofrer e viver com a riqueza, nobreza, mas lhe faltando algo muito maior.

    Tudo dependerá do que tiverem dispostos a abandonar e a doar no futuro."

    E assim o homem desapareceu, deixando ali sobre intensa reflexão os irmãos gêmeos.

    Fora do mosteiro o pai dos gêmeos desesperado buscava uma maneira de ajudar os filhos, sem imaginar como poderia fazer isso, pois o poder dos líderes sobre o povo era intenso, tanto que centenas de pessoas se aglomeravam em frente ao mosteiro com tochas nas mãos com intuito de levarem às crianças a fogueira para serem queimados vivos.

    O pai em intenso desespero clamava a Deus. Lágrimas rolavam em seu rosto, precisava salvar seus pequenos.

    Na sacada do mosteiro apareceu um dos líderes religiosos dizendo ao povo a decisão tomada pela cúpula, e essa decisão seria levar os gêmeos a fogueira no dia seguinte para serem queimados vivos, e assim afastar os demônios que os seguiam, e desejavam tomar a cidade.

    A população ao ouvirem esses dizeres foram se afastando mais tranqüilos, imaginando que esse seria o melhor caminho a ser tomado para assim proteger a cidade da suposta tomada do demônio.

    Pouco a pouco o local era esvaziado, restando apenas o pai dos gêmeos, que continuava de joelhos a chorar copiosamente.

    Diante dele surge um dos líderes religiosos, no qual lhe estendeu as mãos e o pôs de pé, dizendo com uma voz amigável:

    "Meu irmão, sei do seu sofrimento, sei de sua dor como pai. Não prego o mesmo pensamento que meus companheiros de mosteiro. Não creio que irmãos gêmeos sejam enviados do demônio. Não tenho poder para lutar contra essa ideia, porém posso tentar ajudá-lo a resgatar seus filhos antes do amanhecer, para que assim possa fugir com eles para longe daqui.

    Uma luz de esperança surgiu no coração do pai desesperado. Ele cai de joelhos em frente ao missionário, agradecendo com lágrimas nos olhos.

    A madrugada se entranhou pela noite estrelada. O religioso adentra ao calabouço do mosteiro juntamente com o pai dos gêmeos disfarçado com as vestes usadas no ambiente de orações. Chegaram rapidamente até as crianças, que ao verem o pai se emocionaram extremamente.

    Com um máximo de cuidado conseguiram fugir do fatídico mosteiro do terror, e ainda pela madrugada fugiram da cidade, indo para um local desconhecido dos líderes religiosos.

    Andaram alguns dias e noites. O frio era intenso, a fome companheira extrema, o medo tomava os corações desesperados.

    Chegaram até uma localidade distante, e ali o pai teve que se separar das crianças e retornar ao arraial, pois com a fuga dos gêmeos e o desaparecimento do pai, que era antigo morador da localidade, poderiam os líderes desconfiar de algo, e fazerem algum tipo de mal a mãe das crianças e a seus irmãos.

    O dia já raiava, o homem chega a uma velha senhora, pede-lhe ajuda, explica que deixou a esposa adoentada na cidade vizinha, e tinha necessidade de ir buscá-la, porém tinha obrigação de deixar as crianças em boas mãos para que pudesse fazer uma viagem tranqüila.

    A velha senhora com todo carinho disse-lhe que o ajudaria, e que poderia buscar sua esposa sossegado.

    E assim o homem mais tranqüilizado partiu para buscar sua esposa e filhos, e assim tentar deixar tudo para trás e recomeçar uma nova vida. Porém a fúria dos líderes sem coração não tinha limites. Quando ele retornou a sua casa, o pai esperançoso teve uma surpresa extremamente desagradável. Sua casa tinha sido invadida, e presos foram sua mulher e filhos pelos líderes fanáticos.

    Ele desesperado corre até o mosteiro, e ao chegar acaba sendo capturado, acusado de fazer parte de feitiçarias, e por ter resgatado os gêmeos, que eram vistos como seguimento do demônio.

    De uma maneira covarde e impensável, os líderes, e o povo daquela região levaram a família dos gêmeos para serem condenados a fogueira. E em um grau de intensa de crueldade foram queimados com aval dos líderes religiosos.

    O tempo passou, a família foi esquecida pela população. E os gêmeos continuaram fora da cidade natal deles, vivendo com a velha senhora que lhes cuidavam como se fosse os próprios filhos, esperando a volta do pai que um dia os deixaram sobre os cuidados da anciã.

    E o pai não retornou, e não retornaria jamais. Alguns anos se passaram a velha senhora, agora fraca, doente, frágil, sofria por entender que seus dias de encarnada estavam para terminar, e com isso receosa em deixar os gêmeos desamparados, foi até um velho castelo, no qual ela trabalhou por toda a vida, e lá foi estar com um senhor muito caridoso Conde nobre da região, e com ele buscou auxilio para os gêmeos desamparados.

    Ele ouvindo todo o relato da velha conhecida, disse que ela não deveria se preocupar, pois cuidaria dos gêmeos, e assim o fez quando a anciã desencarnou.

    As crianças viveram no castelo por 10 anos, e nesse tempo aprenderam com o Conde que deveriam sempre buscar fazer o bem, trazer a paz e entregar a caridade. Porém os jovens se sentiam limitados, e desejavam auxiliar mais e mais pessoas, contudo naquela região já tinham feito o que era preciso, desejavam buscar algo ou alguém que realmente estava necessitado.

    Mesmo sem a autorização do Conde, os gêmeos saíram à noite em busca de uma cidade próxima, e assim avaliarem as condições de vida de outras pessoas. E esse foi um erro grandioso. Ao adentrarem na cidade natal deles e de sua família, logo foram percebidos por populares, e esses logo chamaram a atenção dos líderes religiosos, que sem demora foram ao encontro dos gêmeos. Após estarem de cara a cara, não havia dúvida, perceberam que eram os mesmos gêmeos fugitivos. E nesse momento, após muita falação, os jovens descobriram o triste destino de sua família, e talvez o mesmo para eles, a fogueira.

    O Conde dando falta dos jovens, após algumas perguntas descobriu o paradeiro deles. Sabendo de toda a história referente à lenda sobre gêmeos e os líderes cruéis, partiu com uma pequena comitiva no intuito de resgatar os jovens das mãos dos sanguinários falsos religiosos. Porém ao chegar ao local onde se encontravam, o Conde e sua pequena comitiva foram atacados por rebeldes que tomados pela ignorância imposta pelos líderes religiosos, assassinaram a todos sem a menor piedade.

    Ao observar toda essa crueldade o mesmo líder que antes havia auxiliado os gêmeos e seu pai na fuga do mosteiro, novamente buscou ajudar os jovens. O velho religioso dando roupas em farrapos aos jovens mandou que as usasse e separadamente se misturassem com a população. Não deveriam ser vistos juntos, até que conseguissem sair da cidade.

    E assim foi feito, partiram em fuga, com as vestes em farrapos para não serem reconhecidos.

    De cidade em cidade, os jovens iam caminhando, porém as notícias se espalhavam como pólvora, e como os líderes não admitiam por um motivo de orgulho serem contrariados, passaram a perseguir os gêmeos por várias cidades.

    Mesmo sendo perseguidos, os jovens continuavam buscando fazer a caridade aos semelhantes necessitados. Tratavam de doentes, auxiliavam as crianças, os idosos, recolhiam roupas e comida para os menos afortunados. Andavam com as vestes em molambos para não serem reconhecidos, só se encontravam a noite para serem protegidos pela escuridão, e de caridade a caridade feita, iam se mostrando seres de luz, paz e amor, como anjos enviados por Deus.

    Certa noite em uma pequena cidade na qual os gêmeos estavam auxiliando alguns andarilhos adoentados, entre eles várias crianças, um dos líderes que os perseguiam os visualizaram, e ficando de tocaia em observação onde os jovens se escondiam, e quando teve a certeza do local, se debandou apressadamente ao encontro dos outros líderes, com intuito de pegar os gêmeos de surpresa.

    Ao retornarem no local os gêmeos já não se encontravam mais, isso deixou os líderes raivosos ao extremo, e os fizeram sair dali com intenções de muita perversidade. Eles foram até o grupo de andarilhos no qual os jovens estavam cuidando, dentre esse grupo os religiosos pegaram as crianças a força, e espalharam o boato pela cidade que iam sacrificar um a um caso os gêmeos não aparecessem.

    A cidade ficou em desespero, as notícias se espalharam como fogo em pólvora, até que chegaram até os jovens gêmeos, que mesmo sabendo de seus destinos nas mãos dos líderes assassinos, foram até eles pedindo a soltura das crianças.

    Os religiosos capturaram os gêmeos, os torturaram até a morte. Seus corpos foram arrastados e jogados no meio da cidade diante dos olhares incrédulos da população.

    Os líderes simplesmente se viraram e partiram, deixando para trás o gosto amargo da vingança sobre dois inocentes que o único mal feito foi terem nascido gêmeos.

    As pessoas um tanto assustadas, se aproximaram dos corpos ainda vestidos com os molambos, os pegaram e os sepultaram um ao lado do outro. Sobre o sepulcro, flores nas cores azuis e rosas nasceram perfumando todo o ambiente, dessas flores saiam um pequeno néctar que milagrosamente auxiliava na cura de males das pessoas daquela região.

    Hoje em dia Senhor Exú Mulambo e Dona Maria Mulambo, trabalham em prol da caridade em terreiros de Umbanda, trazendo entendimento, retirando obsessores, como Kiumbas, Eguns e Zombeteiros, abrindo caminhos, retirando magia negra e feitiçarias, para aliviar a caminhada dos semelhantes rumo a Jesus.

    Laroiê Senhor Exú Mulambo!

    Laroiê Dona Maria Mulambo!
Carlos de Ogum

sábado, 26 de maio de 2018

Pomba Gira por Maria Quitéria

Bom dia moça... Que o amor esteja sempre a abrir os teus caminhos.

Hoje tenho um motivo especial para estar aqui. Quero que você escreva um pouco sobre nós, as Pombas Giras... Tão mal interpretadas e sempre tão requisitadas em trabalhos relacionados ao amor... Ou falsos "amores".

Diariamente tentamos ajudar humanos que se dizem sem forças porque foram traídos, abandonados e esgotados, que perderam seu amor, perderam seu rumo e estímulo e se perdem em abismos por viverem em função de sentimentos egoístas e vaidosos, quando o difícil é fazê-los perceber que este falso amor nunca lhes pertenceu, e sim o amor próprio que mora em cada um de nós, esse sim soma com outros amores, o que nos dá a sensação de termos encontrado um grande e único amor, o que realmente são, tão individuais como cada ser e sua natureza.

Nós, Pomba Giras, somos o verdadeiro e puro estímulo, onde atuamos na capacidade da mulher se auto sustentar, se auto afirmar em suas forças e belezas, estimulamos todos os sentidos obscuros que existe dentro de uma mulher e de um homem para que eles possam seguir suas caminhadas em busca de sonhos e ideais, ou pensas que só vocês mulheres precisam de estímulos?
Estimulamos todos os sentidos que façam com que humanos enxerguem e coloquem em práticas todas as virtudes existentes em sua natureza.

Por muito tempo fomos comparadas com mulheres de vida fácil, liberais, quando o incômodo está em nosso magnetismo de encantar, de conquistar e estimular todos os sentidos da vida, com uma gargalhada, com uma dança, com uma lição de amor... Mas não se encantes com tantos encantos. Sabemos e somos donas do sentido estimulador e podemos paralizá-lo quando assim for necessário e de belas e encantadoras mulheres, passamos a valentes guerreiras e guardiãs de nossos protegidos, ou quem possa vir a nos evocar na Lei Divina da Luz.

Se quiserem nos humanizar, tenham nós como as guerreiras, como as mulheres de frente que sempre se destacaram e lutaram por seus ideais, tenham a certeza de que estivemos a ampará-las, apenas para ativar seus sentidos e protegê-las para que pudessem realizar suas missões, única e exclusiva de desabrochar e chamar atenção de mulheres que já haviam se esquecido do que existe dentro de cada uma, seus sonhos e ideais, já as mulheres de vida fácil como dizem parecermos, essas sim são carentes de amor próprio, movidas por falsas ilusões e falsos amores, esse motivo maior de sermos procuradas e tão mais perto da realidade presente hoje entre vocês humanos.

Porque citar essas duas classes de mulheres que por tempo viraram uma e que são de um magnetismo contrário?

Porque são guerreira em descobrir sua própria natureza e não de querer descobrir a do próximo, são felizes com o que tem e o que são e isso se chama amor próprio.

Quando citamos as que vocês classificam de mulheres da vida fácil, é porque buscam incansavelmente por um amor fora de si. E o que buscamos, é fazer com que vocês possam enxergar que o amor não se busca em outros corpos, não se busca em grandes empregos ou em grandes amizades, tudo se soma para fazer do amor próprio ainda mais belo e fortificado, mas não traz e nem cria ele, nunca poderão ter um grande amor, enquanto não aprenderem a se amar, não serão bem sucedidos em grandes ou pequenos empregos enquanto não amarem o que fazem, vivam a amar o que fazem, o que buscam e o que são, vivam intensamente e atrairão o próprio magnetismo puro do amor até vocês e entenderão ou começarão a entender as mensagens que nós Pomba Giras buscamos passar...

Para nos evocar basta perceber e buscar o amor que mora dentro de si e para perceber o que sou e onde estou, basta olhar para as estrelas, verá sua luz e beleza, todo seu encanto e delicadeza, mas perceberá que ao seu lado mora um grande escuro imponente, basta observar uma rosa, seu cheiro, textura e encanto, mas não se esqueça, que se muito dela querer, desta linda flor se machucará com seu próprio espinho...

Pomba Gira Maria Quitéria


Salve tua moça!

Salve o Amor e a Lei!

Salve a Magia!

Salve as Pombas Giras de Umbanda!

Que a Divina Luz esteja entre nós...

Por Emidio de Ogum

A Pomba Gira da Vida - Mensagem de uma Guardiã de Umbanda

Certa vez eu estava andando pelas ruas, a altas horas da madrugada, pensando na vida e nas coisas pertinentes a ela quando, perto de uma encruzilhada, uma imagem chamou sensivelmente minha atenção: era uma mulher extremamente bela, dessas de corpo perfeito, olhos esverdeados e cabelos negros, sedosos, ondulados e que chegavam à altura da cintura.

Confesso que com estes nossos tempos de violência desenfreada fiquei, primeiramente, muito preocupado com a segurança da moça que era mesmo extremamente linda, mas depois fiquei mesmo preocupado é com a minha segurança porque, afinal, e se a bela moça, poucos metros a minha frente, fosse a isca para uma armadilha de assalto? E se a moça fosse a própria assaltante? E se nós fôssemos vítimas de alguma violência? E se......

— Moço, por favor, não tenha medo pode se aproximar.

Eu estava realmente receoso de aceitar o convite e confesso que cheguei até mesmo a pensar em dar meia volta e sair correndo com todas as forças de meu ser, mas o seu olhar ao fazer o convite fora tão enfeitiçador que não pude resistir e acabei me aproximando.

Ao chegar mais perto ela me fez um convite minimamente inusitado pedindo que eu ficasse ao seu lado e aguardasse alguns instantes, porque em pouco tempo ela começaria a receber algumas pessoas.

“ Tô lascado meu Deus do céu”, foi o que pensei já imaginando que aquela mulher era dessas de vida fácil. Mas só foi eu pensar nisso que ela virou-se para mim e deu um sorriso tão maravilhoso com seus dentes alvos e sua boca perfeita que meu corpo, assim, começou a aquecer-se e a ficar todo arrepiado!!! Pode parecer até loucura, mas eu tinha a nítida sensação que ela podia ler os meus pensamentos.

Pensei em perguntar o seu nome não no intuito de paquerá-la já que sua imagem provocava em mim um tremendo respeito, mas sim com o intuito de iniciar algum tipo de entendimento, só que eu não conseguia por que qualquer olhar, sorriso, gesto ou fala que ela me direcionava despertava em meu emocional emoções tão reais, intensas e indescritíveis que, temendo explodir meu coração eu preferi silenciar.

— Está vendo moço, disse a bela mulher expulsando meus pensamentos, está chegando meu primeiro convidado; não se preocupe que todos aqueles que aqui vierem a ter comigo serão incapazes de lhe enxergar.

Eu balancei a cabeça assentindo que estava tudo bem, apesar de estar achando tudo muito estranho, e procurei ficar bem atento com a conversação que estava para se iniciar.

— Boa noite, moço!

— Boa noite dona....

— Você está fazendo um curso pré-vestibular, mas de algumas semanas pra cá você não tem conseguido se concentrar nos estudos, certo?

— É, é isso mesmo!

— É só você ameaçar pegar os seus livros para estudar que você começa a sentir um sono terrível, não é?

— Sim, disse o jovem rapaz que não deveria ter mais do que dezessete anos.

— Olha moço eu estou autorizada a te dizer que você está com problemas nos campos do conhecimento e necessitado de estimulação nesta área, mas também que se você quiser melhorar eu tenho permissão pra te ajudar, tudo bem?

— Sim, tudo bem!

Neste momento a bela mulher fechou os olhos como se estivesse a fazer algum tipo de oração e entrelaçou os dedos das duas mãos posicionando as palmas voltadas para o solo; então uma espécie de luz azul-claro bastante irradiante surgiu em suas mãos e ela as depositou em cima dos joelhos do jovem; este deu um suspiro profundo e, como se fosse feito de fumaça, desapareceu da minha frente.

A linda moça, então, colocou as duas mãos nos quadris e soltou uma gargalhada que arrepiou todo o meu corpo. Em breves instantes uma outra pessoa já se encontrava em frente da bela mulher, desta vez era uma pessoa do sexo feminino por volta de seus quarenta e cinco anos.

— Boa noite, moça !

— Boa noite dona.....

— Hoje você está aqui comigo em busca de um equilíbrio na sua vida por que seu ex-marido está judicialmente tentando tirar de você a guarda de seu único filho, ou seja, um problema nos campos da justiça, certo?

— É isso mesmo!

— Tenho permissão para te ajudar, peço que feche os seus olhos e se concentre, tudo bem ?

E dizendo isto a bela mulher novamente fechou os olhos e entrelaçou os dedos das duas mãos posicionando as palmas voltadas para o solo; e outra vez, após estas terem tomado uma coloração azulada, ela as colocou em cima do joelho da simpática dama. Esta também deu um suspiro e desapareceu diante de minhas vistas. Então a bela mulher soltou mais uma gargalhada e me pediu que prestasse bastante atenção porque naquela noite, por parte dela, eu só escutaria mais cinco gargalhadas. Eu assenti com a cabeça dizendo que sim e pude perceber que estava chegando mais uma pessoa, desta vez um homem com aproximadamente trinta anos.

— Boa noite, moço!

— Boa noite dona.....

— Hoje você está aqui por que está se sentindo perdido na vida, sem senso de direção, ou seja, depois de tanto bater cabeça querendo que o Divino Criador fizesse a sua vontade você percebeu que tudo foi inútil e agora deseja submeter-se à vontade dEle, assim como também deseja que Este dê um rumo à sua vida resolvendo este problema nos campos da lei, certo?

— Sim, é isso!

— Bem moço, para sua felicidade eu tenho a permissão de te ajudar, feche os olhos, tudo bem?

Dizendo isso, novamente a bela mulher concentrou suas mãos tomadas de uma coloração azulada e as depositou em cima do joelho do rapaz; depois ela deu mais uma gargalhada e se ajeitou para conversar com a próxima pessoa que, por sua vez, era uma senhora com uns cinqüenta anos de idade.

— Boa noite, moça!

— Boa noite dona.....

— Apesar dos insistentes esforços em estar lhe esclarecendo você está aqui mais uma vez para reclamar sobre os membros da congregação religiosa a qual pertence e para, mais uma vez, dizer que a fofoca está demais e que está perdendo a fé porque não consegue entender como o Divino Criador pode permitir tanto ti-ti-ti dentro de uma Casa de Oração, certo?

— Sim!

— Este já é o décimo-primeiro templo religioso que você procurou para freqüentar em menos de doze meses, certo ?

— Certo.

— Bem moça, a ajuda que eu posso te oferecer é no sentido de estar desiludindo o seu sentido de religiosidade, de estar lhe esclarecendo o fato de que não existe a instituição religiosa perfeita porque perfeito só o é o Criador, tentando, assim,resolver este problema nos campos da fé, você aceita minha ajuda?

— Sim!!!

E a bela mulher depositou suas mãos coloridas de uma belo azul em cima do joelho da senhora com quem conversava para, logo depois de realizado este trabalho, soltar mais uma gargalhada.

Instante depois já estava à frente da bela mulher um senhor por volta de seus cinqüenta anos de idade, ela o cumprimentou:

— Boa noite, moço!

— Boa noite dona....

— Você tem tudo para estar feliz, não é moço? Dez anos de casamento, um belo filho, uma esposa dedicada, um ótimo emprego e dois belos carros. Contudo, já faz mais de dois anos que você tem a nítida impressão que sua vida está parada, não é? O que antes você fazia com prazer hoje você parece que faz obrigado. Mesmo não tendo deixado de gostar das coisas que você sempre gostou você tem a percepção de ter perdido por elas todo o apreço, não é?

— Sim!

— Olha moço, isto acontece com você porque você está apatizado nos campos da caridade. É necessário perceber que dar o conforto àqueles que amamos é importante, mas cuidar daqueles que são nossos irmãos por paternidade Divina é essencial para se alcançar o caminho da evolução que leva ao Divino Criador, você não acha?

— Sim!

— Deseja seguir o caminho da caridade?

— Sim!

— Então feche os olhos!

E dizendo isto a bela mulher colocou suas mãos encantadoramente coloridas de azul em cima do joelho do senhor com que acabara de conversar e, logo após, soltou mais uma gargalhada.

Imediatamente apareceu à frente da bela mulher uma mocinha por volta de seus vinte e três anos de idade e que se encontrava com os olhos inchados e molhados de lágrimas.

— Boa noite, moça!

— Boa noite, dona.....

— Anime-se moça, depois de três longos anos parece que você recebeu a benção de ser mãe, não alimente a dúvida e a incredulidade, pois em pouco tempo você será agraciada com a oportunidade de estar gerando dentro de si a vida de um belo rebento. Estou aqui para dar início à preparação de seu corpo físico e espiritual, nas atribuições que me competem, para que você possa praticar o divino sacerdócio da maternidade, finalizando, assim, este problema nos campos da geração da vida, tudo bem?

— Sim!

— Então feche os olhos.
E dizendo isto a bela mulher colocou suas mãos qualificadas com azul anil em cima do joelho da jovem; esta deu um suspiro profundo e, da mesma forma imediata que chegou ela foi-se. A bela mulher, então, colocou as duas mãos na cintura e deu mais uma gargalhada.

A seguir, a frente da bela mulher, surgiu uma pessoa do sexo feminino por volta de seus trinta e cinco anos.

— Boa noite, moça!

— Boa noite, dona.....

— Pois é moça, quanto sofrimento por um sujeito que, como homem, não mereceria nem o seu respeito quiçá um de seus maiores tesouros e de todas as mulheres que é o seu sentimento de amor. Não adianta você ficar insistindo em querer ficar voltando pra ele, ele está em sintonia com outras coisas, procure você sintonizar-se com o Criador. Insistir não vai adiantar nada, chorar também não; você precisa é agregar novos valores e conceitos em sua vida, principalmente em seu emocional, e será a partir deste acontecimento que você retomará seu equilíbrio emocional e evoluirá nos campos do amor, certo?

— Sim!

— O Divino Criador hoje lhe concedeu a oportunidade de estar readquirindo a paz em seu coração por meio de meus atributos e atribuições, e de assim ser resolvido este seu problema nos campos do amor, você assim deseja?

— Sim!

— Então feche os seus olhos.

Então, dizendo isto, a bela mulher depositou as suas mãos tomadas por uma tonalidade azul em cima do joelho da pessoa com quem conversava e esta, assim como todas as outras anteriores soltou um profundo suspiro e desapareceu. A bela mulher, assim, colocou suas mãos sobre a cintura e, pela sétima vez, pôs-se a gargalhar.

Então, instantaneamente, apesar de saber que ainda estava na encruzilhada, eu tive a sensação de que estava em um outro lugar. Tudo isto eu estava a pensar sem tirar os olhos dos belos olhos da bela mulher. Ela, então perguntou pra mim:

— Então moço, já descobriu quem eu sou?

— Sim, creio que a senhora é uma entidade da umbanda conhecida como Pombo Gira.

— Exatamente! E você sabe o que veio fazer aqui?

— Observar a senhora atender várias pessoas?

— Com que finalidade?

— Ah, isto eu não sei. Eu só sei que via a senhora esclarecendo as pessoas para depois oferecer a sua ajuda, digo, aquela que está no campo de suas atribuições e atributos. Daí então a senhora fechava os olhos, cruzava os dedos das mãos voltando-as para o solo e após elas ficarem azuis a senhora as depositava nos joelhos das pessoas. Agora a finalidade eu não sei por que não entendi o “lance” da cor azul.

— Bem moço, noto que você é curioso, mas vamos por partes: Primeiro, ao fechar os meus olhos, como você bem observou, eu evoco o mistério da linha de Umbanda a qual eu estou fatorada; desta forma parte do meu mistério você percebeu como uma coloração azul opalina que viu em minhas mãos ao qual eu procuro honrar e trabalhar depositando-as em cima dos joelhos dos assistidos para que este meu mistério possa alcançar os chacras e sentidos que estiverem problemáticos.

— Mas por que a senhora trabalha na irradiação energética de parte de seus mistérios as pessoas através dos joelhos delas?

— Moço, não sou apenas eu, mas toda Pomba Gira trabalha desta forma e isto se dá pelo fato dos joelhos serem a melhor porta de acesso para realizarmos nosso trabalho.

— Como assim?

— Bem moço, toda Pomba Gira trabalha através do chacra básico das pessoas, porque ele é a porta de acesso mais direta para estarmos estimulando os chacras que estiverem mais necessitados, é por meio dele que podemos trabalhar os demais e os joelhos são a forma de contato mais prática de estarmos acessando o chacra básico, entendeu?

— Mais ou menos.

— Bem moço, vou te dar um exemplo. Você notou que uma das pessoas que eu assisti esta noite encontrava-se “com a vida ganha”, mas desmotivada de estar realizando as tarefas mais básicas de sua vida, certo?

— Sim.

— No caso desta pessoa a desmotivação era proveniente de sua apatia nos campos da caridade; ou seja, ela pouco realizava em benefício do próximo estando, assim, apatizado nos campos da evolução porque é a caridade a maior responsável pela evolução do espírito, certo?

— Sim.

— Pois bem, detectado o problema e tendo permissão do Criador para resolvê-lo eu poderia até evocar o meu mistério e impor diretamente minhas mãos em cima do chacra que é regido pela linha de Umbanda responsável pela evolução, mas sendo eu uma Pomba Gira, ou seja, um espírito estimulador dos desejos e, de certa forma, até mesmo da vida, tendo em vista que sem desejos um ser humano não vive, nada mais pertinente para eu realizar o meu trabalho do que irradiar as minhas energias pelos joelhos do assistido, que é onde se reflete a energia do chacra responsável pelo sétimo sentido da criação Divina ou, se você quiser, o chacra da vida que é o chacra básico. Entende?

— Sim senhora.

— Após o chacra básico do assistido em questão ter absorvido a energia doada por mim este chacra conduz esta energia naturalmente para o chacra umbilical afim de que este irradie a energia de transmutação que foi por mim estimulada. Enfim, entenda que nós, as Pombas Giras, temos a nossa forma de trabalho e devemos segui-la a risca se quisermos trabalhar pelo Criador junto à religião de umbanda, entendeu?

— Sim senhora!

— Bem, isto entendido deixe eu lhe explicar sobre a coloração de minhas mãos que, aliás, reside no fato de meu mistério estar fatorado na linha de umbanda que é responsável pela geração da vida então, quando eu evoco o mistério, junto com ele vem uma coloração que representa este mistério que, no caso, é a azul-claro, entendeu?

— Sim senhora. Isto quer dizer que as Pomba-giras irradiam uma energia estimuladora, é isso?

— Exatamente. Cada uma de nós irradia uma energia que estimulará aquilo que estiver dentro de nossos atributos e atribuições.

— Como assim?

— Isto varia bastante.

— Perdão? Não entendi!

— Você é curioso, não é moço?

— Sim senhora.

— Tentarei lhe esclarecer até onde você tenha condições de entender. Eu, por exemplo, sou uma Sete Ondas, ou seja, uma Pomba-gira que atua nas sete linhas regida pelo mistério Yemanjá logo, uma de minhas atribuições é estimular a geração nos sete sentidos da Criação Divina

Após responder esta ultima pergunta ela ficou fixamente olhando em meus olhos sem dizer absolutamente nada. Somente após um breve período foi que ela retomou o assunto:

— Moço está quase na minha hora e desejo ouvir de ti uma última pergunta antes de ir embora.

Fiz então a pergunta derradeira:

— Eu gostaria de saber por que até o momento que a senhora atendia a sétima pessoa eu via claramente que estava em uma encruzilhada ao passo que após o instante que você deu a sétima gargalhada eu, apesar de ver fisicamente que estou na encruzilhada, de alguma forma sinto como se não estivesse, por quê?

— Bem moço, eu só posso lhe dizer que antes do fim do atendimento da sétima pessoa nós estávamos na encruzilhada, que é meu ponto de atuação aí na terra, sem que eu precisasse sair de meu campo de atuação aqui no astral; após o término deste atendimento eu te trouxe no meu campo de atuação aqui no astral sem você precisar sair de meu campo de atuação no lado material.

Eu ia dizer a ela que não havia entendido a resposta, mas ela, parecendo estar novamente lendo meus pensamentos, ainda pôde me dizer.

— Sei que você não captou de forma global o que eu lhe respondi, moço. Mas não se preocupe com isso por que não vou ter nem mesmo a oportunidade de lhe responder. Só te peço um último favor: diga a quantos forem preciso que eu sou uma Pomba-Gira da vida. Sim, diga a todos que eu existo! Existo para estimular, de acordo com a vontade do Divino Criador, em todos os seres necessitados a geração de energias que beneficiem os sete sentidos da criação divina. Diga a todos que quando de mim precisarem é só me evocarem que eu , de acordo com a permissão do Divino Criador, estarei em Seu santo nome e em nome da divina mãe Yemanjá a estimular a geração de conhecimento,justiça,lei,amor,fé,vida e evolução na vida e no lar de todos quantos a mim clamarem.Você pode fazer isso ?

— Sim!

— Boa noite, moço.

— Boa noite dona.....

Mensagem recebida por Pedro Rangel T. de Sá

POMBA GIRA

Pombojira também é um Mistério colocado à disposição dos Orixás para atuar como elemento mágico e agente cármico, nos limites estabelecidos pela Lei Maior. Pombojira é a própria iniciativa em si. O desejo é um fator divino fundamental em nossas vidas, pois nós o absorvemos por todos os chacras. O fator desejo de Pombojira combina com o fator vigor de Exu; ambos se completam e criam as condições para que a Umbanda tenha seus recursos mágicos e cármicos, para socorrer quem vem ao templo. Esses fatores, ao se completarem, criam em nossos sentidos as condições ideais para nos lançarmos na conquista de algo, pois despertam em nosso íntimo o desejo de realizar.

O desejo só existe porque assim Deus quis e não se manifesta apenas através do sexo, pois sentimos o desejo de aprender, de dormir, de viajar, de conversar, de nos divertir, de comer determinado alimento ou de vestir determinada roupa etc. A Senhora Pombojira é a pura vibração da sexualidade, mas na função de frear, de bloquear os impulsos sexuais femininos, procurando evitar que as mulheres caiam na tentação do desejo sexual mais instintivo, próximo ao dos animais - a luxúria e a volúpia. Seu Mistério principal é dar fluidez e expandir sentimentos e vontades que por si só são passivos.

Embora em seus trabalhos as pombojiras demonstrem alegria, vivacidade e liberdade de palavras e movimentos, elas não devem ser vistas como prostitutas desencarnadas e, sim, como Entidades que lidam com a sexualidade das pessoas presentes, para descarregar delas o acúmulo desse tipo de energia. Com o trabalho dessas maravilhosas Entidades e permissão dos Sagrados Orixás a quem elas respondem, os caminhos são limpos, abertos e os pedidos realizados desde que justos, verdadeiros e não prejudiquem ninguém. Pedidos escusos, embora se realizem, retornarão a quem pediu, em dobro. É a Lei do Retorno.

terça-feira, 15 de maio de 2018

LENDA DA SETE SAIAS





Vamos contar essa história que é de muita valia para aqueles que são seus seguidores e admirados. Sete Saias teve sua vinda ao mundo marcada por muito sofrimento. Já na sua infância se dá o início de sua aflição, pois ao nascer sua mãe falece por complicações durante o parto. 
Desde então sofre constantes humilhações vindas de seu pai que passa a culpá-la pela morte da esposa que tanto amava.
Sete Saias cresce e com o passar dos anos crescem os aviltamentos e já moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai sendo mais uma serviçal do que uma filha.
Com seu pai Sete Saias movara em uma choupana afastada no lugarejo onde habitavam e por esse motivo não vê felicidade em seu futuro.
Acaba então a moça Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos do povoado vendo ai sua única satisfação.
Mas a vida não lhe sorri pelos seus envolvimentos e pelo enredo de traições em que se envolve e as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de desejarem apedreja-la.
Mas até aqui não se fala por que ela recebeu este nome: Sete Saias.
Segundo conta a lenda o motivo pelo qual tem este nome é que a moça tinha sete amantes. Assim, para cada amante ela usava respectivamente uma saia.
Estes amantes, encuimados entre si decidem transformar a vida da moça, trancando-a em um casebre afastado como modo de puní-la pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos. É então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se encontravam no interior de seu carcere...
Com muito sufoco, e força de vontade de viver, derrubou uma parede velha do casebre feito de madeira. Rastejando pela fraqueza encontrou uma estrada próxima e nela passava uma caravana de ciganos que a acolheram e
cuidaram dela. Tornando-se uma bela moça, que acabou casando com o filho do chefe do clã dos ciganos. Este filho tornou-se um homem muito rico, ele recebeu o título de barão e provavelmente ela uma baronesa. E por vingança, queria voltar ao lugar que queriam
apedrejá-la. O marido apaixonado e fiel, fez a vontade da esposa, comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado. E assim, mandou convite a todos para um rico e
abundante baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa daqueles tempos.
E Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela máscara e um maravilhoso vestido. E todos os seus inimigos a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher, que seria revelada somente no fim da festa. Ela chamou a todos ao centro do salão, ainda com a máscara, os convidados já totalmente bêbados, ela retirou a máscara, revelando-se a todos. Os inimigos indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela. E no soar de palmas, entraram-se empregados ao salão, carregando enormes barris de óleol. E os convidados achando-se que fazia parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo por tudo enquanto Sete Saias e seu marido saíram escondidos, incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim, de
todos os seus inimigos, chegando ao ponto de pedir a sua rica
charrete para parar em frente ao casarão e ver seus inimigos se
incendiando.
Suas últimas palavras aos seus inimigos foram:
" livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!"
Beijando o seu esposo e seguindo a tua viagem.
Ela morreu com seus 78 anos.
História esta contada pela sua maior parceria Maria Padilha.

OFERENDA A MARIA MULAMBO DAS ROSAS





ELEMENTOS:

Rosas Vermelhas ABERTAS (7,14 ou 21 Rosas) SEM OS ESPINHOS


7 CIGARROS LONGOS Acesos AO LADO DA OFERENDA, NUM CINZEIRO DE BARRRO OU PRATO DE BARRO


1 CAIXA DE FOSFOROS, QUE DEVE FICAR ABERTA AO LADO DA OFERENDA


3 VELAS VERMELHAS


3 FOLHAS DE MAMONA


1 GARRAFA DE LICOR DE CACAU

Forre O CHÃO COM AS FOLHAS DE 7 mamona, formando UM CÍRCULO, EM CIMA DE CADA FOLHA, COLOQUE UMA ROSA, COM AS PÉTALAS PARA A PARTE DE DENTRO E OS CABOS PARA A PARTE DE FORA DO CÍRCULO. ABRA O LICOR E REGUE UM POUQUINHO, CADA FOLHA DE MAMONA, E DEIXE A GARRAFA NO CENTRO DO CÍRCULO.


ACENDA AS 3 VELAS NO CENTRO DO CÍRCULO, PODEM SER ACESAS EM CIMA DE UM Pratinho DE BARRO E DEVEM FICAR BEM FIRMES, EM VOLTA DESSAS VELAS, ACENDA OS 7 CIGARROS, COM AS BRASAS PARA FORA E OS FILTROS PARA A PARTE DE DENTRO, ONDE ESTÃO AS VELAS.


LOCAL DE ENTREGA: PRAÇAS OU JARDINS, preferencialmente terreiros.


HORAS HORÁRIO: ATÉ AS 21:00


PEDIDOS: SUCESSO NA CARREIRA, PROMOÇÕES, VIAGENS, AMOR


SEMPRE QUE POSSÍVEL, FAÇA A ENTREGA EM terreiros, OU NO CASO DE ENTREGAS EM OUTROS LOCAIS, SE POSSÍVEL, ESPERE AS VELAS QUEIMAREM OU RETORNE APÓS ALGUMAS HORAS PARA RECOLHER OS ELEMENTOS ORGÂNICOS E NÃO JOGA-LOS NO LIXO Adequado. 
FONTE: oferendas POR CLAUDIA BAIBICH

OFERENDA Á POmBOGIRA GUARDIÃ MARIA LIRA




VER PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA oferendas.

ELEMENTOS:
1 GARRAFA DE VINHO SUAVE

1 VIDRO DE PERFUME PARA POMBA GIRA

3 cigarrilhas

3 CACHOS DE UVAS Regadas COM MEL (DE PREFERÊNCIA TRES qualidades diferentes)

1 ROSA VERMELHA

3 VELAS VERMELHAS

1 CESTA PARA AS FRUTAS

FOLHA DE PAPEL DE SEDA forrar PARA O CHÃO

FOLHAS DE PARREIRA, ROSEIRA OU LARANJEIRA PARA forrar a cesta.

LAVE E Enxugue a cesta, Forre COM AS FOLHAS VERDES, ARRUME OS CACHOS DE UVAS, REGUE COM O MEL, COLOQUE AS MOEDAS, UMA A UMA MENTALIZANDO O QUE DESEJA, COLOQUE A ROSA NO CENTRO DA CESTA (A MESMA DEVE ESTAR SEM ESPINHOS EO CABO DEVE SER UM POUCO CORTADO, DE MODO À CABER NA CESTA.

ABRA A GARRAFA DE VINHO E COLOQUE EM UMA TAÇA, O RESTANTE DEIXE DENTRO DA GARRAFA, AO LADO DA CESTA.

ACENDA AS cigarrilhas FORA DO PAPEL DE SEDA.

ACENDA AS VELAS, formando UM TRIÂNGULO COM A PONTA PARA CIMA.

RECOLHA TODO MATERIAL, COMO SACOLAS ETC.

BORRIFE A OFERENDA COM O PERFUME E AINDA BORRIFANDO O CAMINHO, SAIA SEM DAR AS COSTAS PARA A OFERENDA, MAIS OU MENOS SETE PAÇOS, Afirme O QUE DESEJA, E LEVE CONSIGO O PERFUME, GUARDE-O PARA UMA PRÓXIMA OFERENDA.

ASSIM QUE SEU PEDIDO REALIZAR-SE REPITA A OFERENDA E DEIXE LÁ O Perfume.

LOCAL DE ENTREGA: ENCRUZILHADAS EM FORMA DE T DE CHÃO BATIDO, LONGE DA CIDADE, JARDINS OU PRAÇAS. 

HORÁRIO: ATÉ AS 21:00 H 

PEDIDOS: AMOR, ALEGRIA DE VIVER, AUTO ESTIMA. 



FONTE: oferendas POR CLAUDIA BAIBICH

OFERENDA PARA POMBOGIRA 7 PUNHAIS




VER DE PREPARO oferendas


ELEMENTOS:

7 PONTEIRAS (COMPRAR CASA DE UMBANDA)
7 VELAS VERMELHAS

7 FITAS VERMELHAS DE 1 METRO CADA 
7 CIGARROS LONGOS Acesos, E O RESTANTE APAGADO

7 PERAS

7 FOLHAS DE MAMONA (3 DENTRO DO alguidar, E 4 PARA O CHÃO forrar)

7 Rosas (3 CORTADAS DENTRO DO alguidar E 4 FORA, 1 EM CIMA DE CADA FOLHA DE MAMONA QUE FORRA O CHÃO)

1 CAMPARI (SIRVA UMA TAÇA E DEIXE O RESTANTE NA GARRAFA ABERTA)

1 TAÇA NOVA (previamente LAVADA)

1 alguidar (GRANDE O SUFICIENTE) previamente LAVADO



MONTANDO A OFERENDA:

Forre O alguidar COM AS 3 FOLHAS DE MAMONA, COM OS CABOS PARA FORA

NO MEL alguidar ARRUME AS SETE REGUE PERAS E COM UM POUCO DE

COLOQUE AS SETE PONTEIRAS DENTRO DO alguidar, EM FORMA DE CÍRCULO COM 3 PONTAS PARA DENTRO E TRES PONTAS PARA FORA.

COLOQUE 3 ROSAS NO alguidar, SEM ESPINHOS E Regadas COM UM POUCO DE ÁGUA, CORTE OS CABOS NA ALTURA DA Lapela, PARA QUE NÃO CAIBAM alguidar (os cabos foram cortados que, Devem ficar, ao lado da oferenda, fora das folhas de mamona que forram o chão)

ARRIANDO A OFERENDA:

Forre O CHÃO COM AS FOLHAS DE MAMONA 4 restantes, COLOQUE O alguidar NO CENTRO.

Disponha AS SETE FITAS AO LADO DE CADA PONTEIRA, INICIANDO DENTRO DO alguidar E SAINDO PARA FORA.

COLOQUE AS 4 ROSAS, COM OS CABOS E SEM ESPINHOS, EM CADA FOLHA DE MAMONA DO CHÃO (AS PÉTALAS DEVEM FICAR PARA DENTRO DAS FOLHAS DE MAMONA E OS CABOS PARA FORA

ACENDA OS 7 CIGARROS, EM FORMA DE CÍRCULO, COM AS BRASA PARA FORA DAS FOLHAS DE MAMONA, O RESTANTE DO MACO DEVE FICAR ABERTO, DENTRO DAS FOLHAS DE MAMONA QUE ESTÃO FORRANDO O CHÃO.

ABRA O CAMPARI E SIRVA UMA TAÇA, DEIXE O RESTANTE NA GARRAFA ABERTA.

Por último ACENDAS AS VELAS STE, EM TORNO DA OFERENDA, FOLHA DAS FOLGAS DE MAMONA FORRAM QUE O CHÃO.

PEDIDOS: PROTEÇÃO CONTRA INIMIGOS, PROTEÇÃO CONTRA demandas.

LOCAL DA ENTREGA: SOMENTE Terreiros

HORÁRIO: ATÉ AS 21:00 H

FONTE: oferendas POR CLAUDIA BAIBICH

OFERENDAS A MARIA PADILHA

Para fazer um pedido a Maria Padilha das Almas,basta ir a uma encruzilhada aberta femea.

(para quem tiver receio de ir ao cemitério)

Coloque um padê de mel e azeite doce(meio a meio)
(um pouco de farinha de mandioca,misturada com mel,tipo uma farofa/um pouco de fubá misturado com um pouco de azeite doce,tipo uma farofa,coloque num prato raso e de preferencia branco ou de barro.)

Enfeite a farofa com umas folhas de alface,e tomate vermelho,como normal se corta para salada.Podendo ser temperados com sal,e se preferir um bife mal passado tb.

Pode colocar azeitonas pretas.E cebola cortadas como de costume para uma salada.

Compre meio metro de murim vermelho(encontra-se nas casas de artigos religiosos)

Uma vela vermelha ou branca mesmo.

I Rosa vermelha.Sem os espinhos claro.

1 Garrafa de champagne de sua escolha.

Coloque nessa encruzilhada aberta e femea,ou se opreferir no cruzeiro das almas.

Abra a bebida,entorne um pouco por cima da comida e em sua volta,encha um copo,ascenda a vela,coloque o prato sobre o pano e a rosa também,e por fim ascenda 7 cigarros em volta do prato (de sua escolha).

E peça á ela o que quiser.Lembrando que é preciso ter fé,usar seriedade,e respeito.

Se quiser pode pôr também,um brinco,ou colar,pulseira,qualquer acessório feminino.

Seu pedido será atendido!!!

Laroê Maria Padilha das Almas.

Rainha do Cabaré

Saudações!
Falar de Cafetina Rainha do Cabaré é voltar a seculos passados, na França. 
Uma mulher poderosa, fina, elegante e muito respeitada.
Senhora dos maiores Cabarés da Europa.

Dona Cafetina, que prefere não nos passar detalhes sobre sua vida encarnada apenas nos diz que ainda hoje há muito de sua historia e riqueza na França.

Conheço essa moça girando no Zelador Brenner de Tempo, na Tenda São Jorge de Aruanda e também no Céu (Centro Espirita Umbandista) Santa Rita da Boa Sorte.

Usa chapéu com a aba cobrindo os olhos, funa cigarro longo, veste saia branca, com fita cetim preta nas bordas.
Foi casada 7 vezes, e viúva as sete. Pois ela mesmo matou seus maridos.
 Muito sabia e vivida...

Por Magno Constantino